Várias conjecturas são feitas hoje entorno da origem da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal e os seus efeitos, afinal de contas, ela era boa ou má? A resposta é que ela é boa, pois sua origem é o próprio Deus! Quem fez brotar no Jardim do Éden a Árvore da Vida e a Árvore do Conhecimento do bem e do mal foi o próprio Deus: “Do solo fez o Senhor Deus brotar toda a sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gn 2:9), quando o homem comeu da referida árvore os olhos de Adão e Eva se abriram e o homem se tornou igual a Deus, conhecedor do bem e do mal (Gn 3:5,7,22). Isto fica mais evidente no versículo 22 quando o próprio Deus na reunião da trindade divina falou “Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, para que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente (...)”. Que dizer, o conhecimento do bem e do mal estava em Deus e era algo de Deus, todavia, o que o homem fez ao comer da árvore do conhecimento do bem e do mal foi uma inversão do que Deus, na sua economia, queria realizar. O que o homem deveria ter feito era ter comido da Árvore da Vida, que é Cristo, a Videira Verdadeira (Jo 15:5) e a Vida ( Jo 14:6)! O erro do homem foi uma inversão de princípio ao desobedecer a Deus e em não priorizar comer da árvore da vida. Nestes tempos de trevas que a igreja do Senhor está enfrentando o que precisamos é da Árvore da Vida para recebermos a ministração do Espírito e da Vida de Cristo (Jo 6:63).
Foi Deus quem pôs o homem no jardim do Éden, por isso mesmo, nem Adão ou Eva imaginariam que seriam enganados (Gn 3:1-7) exatamente no melhor lugar que Senhor escolheu para eles. Hoje, não é diferente! Podemos considerar que estamos no melhor lugar que Deus escolheu para habitarmos (a vida da igreja), entrementes, a mentira e o engano podem sim tomar o coração e as mentes dos servos de Deus. O que nos imuniza e antecipa na constatação do engano é a Verdade existente na Árvore da Vida, que não é sinônimo de árvore de ignorância, mas é o nosso amado Senhor! Destarte, poderemos antecipar a constatação de qualquer engano através de comer da Árvore da Vida e assim julgar todas as coisas para reter o que é bom (1Ts 5:21) pela capacidade de discernimento do bem e do mal que ser-nos-á concedido pela própria vida de Deus: “Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal” (Hb 5:14). Esta é a maneira de Deus para que possamos discernir os homens maus que se declaram apóstolos ou servos de Deus genuínos através de prová-los como fizeram os irmão da igreja em Éfeso (Ef 2:2). A finalidade precípua da árvore da vida ao conceder o referido discernimento é para preservar a produção de frutos e, assim, ser a cura dos povos (Ap 22: 2).
Kleydson Feio
REFERÊNCIA BIBLIOGÁFICA:
1- A Bíblia, pois é o livro mais importante e precioso de toda a minha vida!
2- Estudo-Vida de Gênesis. Vol. 1, W. Lee.
3- As Eras mais Primitivas da Terra. Vol. 1, G. H. Pember.
"Esta página tem como objetivo Ministrar a Revelação (MT11:25;16:17;1Co2:10) da palavra, e propósito de Deus (Jo1:1; 6:63) aos buscadores de Cristo (Jo4:28-30). É destinado a todos os que amam a Unidade do Corpo de Cristo e anelam alcançar o pleno conhecimento da Verdade (1TM2:4). Busca estabelcer laços de comunhão fraterna em Cristo."
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Itens da Fé Comum - Peculiaridade
Itens da Peculiaridade
Somos muito diferentes uns dos outros, viemos de culturas diferentes (mesmo sendo brasileiros), formações diferentes e percepções da realidade a nossa volta bem diferentes, e muitas vezes crenças diferentes. Esta questão relacionado a crenças podem incluir as questão referentes aos dogmas, onde qualquer proposta de revisão ou reconsideração de certos ensinamentos ou práticas não é possível nem de ser mencionado. Este último não se aplica a pontos em que a defesa do evangelho (Fl 1:16) deve estar presente, ou seja, os elementos inerentes a peculiaridade escritural:1) Que a Bíblia é a palavra de Deus (2 Pe 1:21; 2Tm 3:16); 2) Que Deus é somente um e triúno (Mt 3:16-17; 28:19, 2 Co 13:14; Ef 2:18; 3:14-17; Ap 1:4-5); 3) Que Cristo é Deus na eternidade (Jo 1:1) e tornou-se carne (Jo 1:14), sendo ao mesmo tempo divino e humano (Jo 20:28; Rm 09:05, Jo 19:05; 1 Tm. 2:5); 4) Que os pecadores podem se arrepender e crer no Senhor Jesus para terem os seus pecados perdoados, para a redenção, para a justificação, e para a regeneração a fim de terem a vida eterna em Cristo Jesus para tornarem-se filhos de Deus e membros, que é a nossa salvação pela fé. 5) No que tange a Obra de Cristo, que “Cristo tornou-se primeiramente um homem através da encarnação (Jo 1:14) e morreu na cruz para nossa redenção (1 Pe 2:24; Ap 5:9). Então, Ele ressuscitou dos mortos para a nossa regeneração (1 Pe 1:3), ascendeu aos céus para ser o Senhor de todos (Atos 2:33, 36; 10:36), e vai voltar como Noivo para a Igreja (Jo 3:29; Ap 19:07) e o Rei dos reis para todas as nações (Ap 19:16). Estes são os principais aspectos da obra de Cristo. Estes aspectos incluem Sua encarnação, Sua crucificação, ressurreição, Sua ascensão e Sua volta. Nenhum cristão genuíno tem qualquer argumento sobre estes aspectos da obra de Cristo” (Livro: A Peculiaridade, A Generalidade e o Sentido Prático da Vida da Igreja, W. Lee. Tradução livre). 6) Que a igreja é a manifestação de Deus na carne, e composta por todos os crentes genuínos formando assim o único Corpo universal de Cristo (Ef 1:22-23, 4:4; Cl 1:24); e que se expressa localmente nas cidades (Ap 1:11). Destes 6 (seis) itens realmente não podemos abrir mão, e são os elementos básico para uma vida Cristã e da vida da igreja saudável, e o que passar disto são questões gerais que podemos viver a vida da igreja sem elas (Ler o livro: “A Peculiaridade, A Generalidade e o Sentido Prático da Vida da Igreja”, W. Lee). O grande problema hoje é que existe a tendência humana em aumentar os itens inerente a peculiaridade e diminuir os itens relacionados a generalidade. Os homens possuem a tendência natural e humana de aumentar os elementos que dizem respeito a fé comum de acordo com os seus pontos de vistas doutrinários, e enfatizar questões não essenciais. A carne possui a tendência em ser mais peculiar em relação a outros indivíduos e gradualmente menos geral.
Kleydson Feio
REFERÊNCIA BIBLIOGÁFICA:
1- A Bíblia, pois é o livro mais importante e precioso de toda a minha vida!
2- A Peculiaridade, a Generalidade, e o sentido prático da Vida da Igreja, W. Lee
Somos muito diferentes uns dos outros, viemos de culturas diferentes (mesmo sendo brasileiros), formações diferentes e percepções da realidade a nossa volta bem diferentes, e muitas vezes crenças diferentes. Esta questão relacionado a crenças podem incluir as questão referentes aos dogmas, onde qualquer proposta de revisão ou reconsideração de certos ensinamentos ou práticas não é possível nem de ser mencionado. Este último não se aplica a pontos em que a defesa do evangelho (Fl 1:16) deve estar presente, ou seja, os elementos inerentes a peculiaridade escritural:1) Que a Bíblia é a palavra de Deus (2 Pe 1:21; 2Tm 3:16); 2) Que Deus é somente um e triúno (Mt 3:16-17; 28:19, 2 Co 13:14; Ef 2:18; 3:14-17; Ap 1:4-5); 3) Que Cristo é Deus na eternidade (Jo 1:1) e tornou-se carne (Jo 1:14), sendo ao mesmo tempo divino e humano (Jo 20:28; Rm 09:05, Jo 19:05; 1 Tm. 2:5); 4) Que os pecadores podem se arrepender e crer no Senhor Jesus para terem os seus pecados perdoados, para a redenção, para a justificação, e para a regeneração a fim de terem a vida eterna em Cristo Jesus para tornarem-se filhos de Deus e membros, que é a nossa salvação pela fé. 5) No que tange a Obra de Cristo, que “Cristo tornou-se primeiramente um homem através da encarnação (Jo 1:14) e morreu na cruz para nossa redenção (1 Pe 2:24; Ap 5:9). Então, Ele ressuscitou dos mortos para a nossa regeneração (1 Pe 1:3), ascendeu aos céus para ser o Senhor de todos (Atos 2:33, 36; 10:36), e vai voltar como Noivo para a Igreja (Jo 3:29; Ap 19:07) e o Rei dos reis para todas as nações (Ap 19:16). Estes são os principais aspectos da obra de Cristo. Estes aspectos incluem Sua encarnação, Sua crucificação, ressurreição, Sua ascensão e Sua volta. Nenhum cristão genuíno tem qualquer argumento sobre estes aspectos da obra de Cristo” (Livro: A Peculiaridade, A Generalidade e o Sentido Prático da Vida da Igreja, W. Lee. Tradução livre). 6) Que a igreja é a manifestação de Deus na carne, e composta por todos os crentes genuínos formando assim o único Corpo universal de Cristo (Ef 1:22-23, 4:4; Cl 1:24); e que se expressa localmente nas cidades (Ap 1:11). Destes 6 (seis) itens realmente não podemos abrir mão, e são os elementos básico para uma vida Cristã e da vida da igreja saudável, e o que passar disto são questões gerais que podemos viver a vida da igreja sem elas (Ler o livro: “A Peculiaridade, A Generalidade e o Sentido Prático da Vida da Igreja”, W. Lee). O grande problema hoje é que existe a tendência humana em aumentar os itens inerente a peculiaridade e diminuir os itens relacionados a generalidade. Os homens possuem a tendência natural e humana de aumentar os elementos que dizem respeito a fé comum de acordo com os seus pontos de vistas doutrinários, e enfatizar questões não essenciais. A carne possui a tendência em ser mais peculiar em relação a outros indivíduos e gradualmente menos geral.
Kleydson Feio
REFERÊNCIA BIBLIOGÁFICA:
1- A Bíblia, pois é o livro mais importante e precioso de toda a minha vida!
2- A Peculiaridade, a Generalidade, e o sentido prático da Vida da Igreja, W. Lee
domingo, 21 de novembro de 2010
Unidade Plástica versus Unidade Prática: a Unanimidade sem Cristo também é possível
Neste texto serão abordados dois assuntos distintos, mas correlacionados, e ao mesmo tempo de compreensão equivocada para muitos santos: A Unidade e a Unanimidade. Esta comunhão tem por objetivo demonstrar que a Unidade/Unanimidade pode ser Prática na medida em que realmente somos inclusivos conforme Rm 14 (acolher os santos) ou pode ser Plástica, quer dizer, estilizada! Tão somente preocupada com a forma exterior da igreja para se auferir a realidade interior do Corpo de Cristo.
Na bíblia são mencionados dois tipos de Unidade: A Unidade do Espírito e a Unidade da Fé. O Senhor nos vincula na Unidade do Espírito através do processo de salvação, e conforme Ef 4:3 que diz: "Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz", pois a Unidade já existe e só precisa ser preservada! Todavia, precisamos prosseguir para sermos unidos de alma “São inteiramente unidos na mesma disposição mental e no mesmo parecer” (1 Co 1:10). A Unanimidade de Fp 1:1-2 é resultado da comunhão do Espírito, e é esta comunhão que devemos procurar viver diariamente. O pensar a mesma coisa seja na obra ou na igreja deve ser pensar Cristo, e não necessariamente pensar a mesma coisa em relação a questões seculares ou mesmo aquelas que julgamos serem espirituais. Mas tão somente pensar Cristo! As notas da Versão Restauração podem ajudar bastante sobre este ponto. Ocorre que o zelo pelas questões espirituais motiva muitas vezes os santos a acharem que a unanimidade se tratar de pensar as mesmas coisas quase que de maneira literal, ou seja, é gerado uma preocupação com a forma como se dever praticar a vida da igreja, e não significa necessariamente isto! É neste ponto que precisamos praticar mais ainda a inclusividade acolhendo os santos para crescermos até chegarmos a unidade da fé em Ef 4:13 “até que todos cheguemos à unidade da fé (...)”.
Somos muito diferentes uns dos outros, viemos de culturas diferentes (mesmo sendo brasileiros), formações diferentes e percepções da realidade a nossa volta bem diferentes, e muitas vezes crenças diferentes. Esta questão relacionado a crenças podem incluir as questão referentes aos dogmas, onde qualquer proposta de revisão ou reconsideração de certos ensinamentos ou práticas não é possível nem de ser mencionado. Este último não se aplica a pontos em que a defesa do evangelho (Fl 1:16) deve estar presente, ou seja, os elementos inerentes a peculiaridade escritural:1) Que a Bíblia é a palavra de Deus (2 Pe 1:21; 2Tm 3:16); 2) Que Deus é somente um e triúno (Mt 3:16-17; 28:19, 2 Co 13:14; Ef 2:18; 3:14-17; Ap 1:4-5); 3) Que Cristo é Deus na eternidade (Jo 1:1) e tornou-se carne (Jo 1:14), sendo ao mesmo tempo divino e humano (Jo 20:28; Rm 09:05, Jo 19:05; 1 Tm. 2:5); 4) Que os pecadores podem se arrepender e crer no Senhor Jesus para terem os seus pecados perdoados, para a redenção, para a justificação, e para a regeneração a fim de terem a vida eterna em Cristo Jesus para tornarem-se filhos de Deus e membros, que é a nossa salvação pela fé. 5) No que tange a Obra de Cristo, que “Cristo tornou-se primeiramente um homem através da encarnação (Jo 1:14) e morreu na cruz para nossa redenção (1 Pe 2:24; Ap 5:9). Então, Ele ressuscitou dos mortos para a nossa regeneração (1 Pe 1:3), ascendeu aos céus para ser o Senhor de todos (Atos 2:33, 36; 10:36), e vai voltar como Noivo para a Igreja (Jo 3:29; Ap 19:07) e o Rei dos reis para todas as nações (Ap 19:16). Estes são os principais aspectos da obra de Cristo. Estes aspectos incluem Sua encarnação, Sua crucificação, ressurreição, Sua ascensão e Sua volta. Nenhum cristão genuíno tem qualquer argumento sobre estes aspectos da obra de Cristo” (Livro: A Peculiaridade, A Generalidade e o Sentido Prático da Vida da Igreja, W. Lee. Tradução livre). 6) Que a igreja é a manifestação de Deus na carne, e composta por todos os crentes genuínos formando assim o único Corpo universal de Cristo (Ef 1:22-23, 4:4; Cl 1:24); e que se expressa localmente nas cidades (Ap 1:11). Destes 6 (seis) itens realmente não podemos abrir mão, e são os elementos básico para uma vida Cristã e da vida da igreja saudável, e o que passar disto são questões gerais que podemos viver a vida da igreja sem elas (Ler o livro: “A Peculiaridade, A Generalidade e o Sentido Prático da Vida da Igreja”, W. Lee). O grande problema hoje é que existe a tendência humana em aumentar os itens inerente a peculiaridade e diminuir os itens relacionados a generalidade. Os homens possuem a tendência natural e humana de aumentar os elementos que dizem respeito a fé comum de acordo com os seus pontos de vistas doutrinários, e enfatizar questões não essenciais. A carne possui a tendência em ser mais peculiar em relação a outros indivíduos e gradualmente menos geral!
Quando olhamos para 1 Co 12 vemos que o Senhor fala de um Corpo, e que este corpo é rico em diversidade “Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?” (1 Co 12:17). No corpo de Cristo os membros são diferentes, por isso, não temos duas pernas esquerdas ou duas pernas direitas, e no Corpo de Cristo é da mesma forma, concluímos que o corpo humano possui membros que têm certas diferenças. No livro de Efésios o Senhor nos fala que "Para que a multiforme sabedoria de Deus seja agora dada a conhecer por meio da igreja aos principados e potestades nos lugares celestiais" (Efésios 3:10), quer dizer, Deus manifesta na igreja sua multiforme sabedoria, ou as várias formas da sua sabedoria. E, desta maneira, Deus expressa a Unidade e Unanimidade através da diversidade da riqueza de Cristo nos membros!. A Diversidade/diferença dos membros é para a Unidade e Unanimidade. Chegar a unidade da fé não é fruto de concordância exterior sobre algum assunto, ou acordos doutrinários, mas do trabalhar interior do Espírito Santo! No final das contas, as nossas diferenças no Corpo são para que a Unidade e Unanimidade do próprio Corpo de Cristo sejam preservadas. Nunca pode ser resultado de tentar criar/fabricar Unidade e Unanimidade artificialmente pura e simplesmente promovendo práticas exteriores, mas é resultado de um fluir interior do rio da água da vida! E é exatamente neste ponto que a Diversidade existente no Corpo de Cristo assusta a Uniformização da unidade baseada em práticas exteriores, pois estas últimas são os recursos humanos usados em vários grupos de irmãos para se alcançar a Unanimidade de Fp 1:1-2.
A unidade genuína não é fruto da mera união, a unidade espiritual na igreja nunca jamais pode ser fabricada através dos métodos exteriores de tentar criá-la lendo os mesmos livros, ou praticando as mesma coisas. Até podemos praticar as mesmas coisas e ler os mesmos livros, desde que tenhamos a realidade no Corpo do que estamos fazendo! Porque Unidade e Uniformidade baseada em práticas exteriores são questões bem diferentes. Conforme Efésios 4 existe uma diferença clara entre Unidade do Espírito e Unidade da Fé. A Unidade do Espírito do versículo 3 de Efésios é alcançada na regeneração! E é algo que cultivamos no nosso espírito humano no momento em que recebemos o Espírito de Deus, e a Unidade da Fé é alcançada através também do Espírito, mas é resultado do trabalhar do Espírito Santo em nossas almas conforme o versículo 10 de primeira aos Coríntios e Fp 4:2. Quer dizer, está relacionado a Unanimidade de Atos 1:14; 2:46; 4:24. A Unidade é do Espírito no nosso espírito, mas a Unanimidade é resultado do trabalhar do Espírito em nossas almas! E assim, poderemos ser conformes a imagem do filho de Deus (Rm 8:29). Destarte, não teremos problemas para ter comunhão com os santos que estão em suas unidades particulares/privadas nos diversos grupos cristão espalhados pelo globo terrestre, pois, recebemos os que o Senhor, recebe e acolhemos os que o Senhor acolhe (Rm14:3). Porque, compreendemos que embora exista uma clara diferença entre estar no corpo e ter a realidade do corpo de Cristo, não devemos considerar os santos que não possuem esta realidade sejam menos especiais do que aqueles que julgamos tê-la alcançado ou que estão alcançando.
Em Mt 9:14-17 os discípulos de João interpelaram o Senhor sobre a prática de jejuar que tinham, mas os discípulos de Jesus não jejuavam. E o Senhor respondeu que no período em que o noivo (Jesus) se encontrava com eles não precisavam jejuar, e que “Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompe-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas, põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam” (v.17). O vinho era guardado nos odres. Que eram confeccinados normalmente de pele de cabra (embora pudesse ser de outro animal) que após ser morto, removia-se a carne e os ossos deixando seu couro intacto. Então, depois de devidamente tratado, ele era usado como recipiente para líquidos, inclusive o vinho. Os odres novos eram bastante maleáveis e elásticos. Com o passar do tempo eles se ressecavam e se submetidos a uma nova pressão rompiam-se. No que se referia ao armazenamento do vinho a não observância desta regra levava ao rompimento do odre e a conseqüência perda do vinho. Por conseguinte, Jesus disse que “vinho novo deve ser posto em odres novos e ambos se conservam” (v,17). Destarte O Vinho dá a forma necessaria ao Odre! O vinho é vida divina de Cristo, e devemos também reconheçer que precisamos do odre (forma exterior da igreja) para beber o vinho, mas é um erro enfatizar práticas exteriores para se obter a realidade interior da igreja! Por isso, a prática genuína da vida da igreja deve ser resultado do fluir da vida divina que dá a forma necessária ao odre, e não resultado do mimetismo que meramente está focado em fabricar unidade de maneira artificial fazendo um CTRL+C (Copiar) e CTRL+V (Colar) de práticas exteriores que estão "dando certo" em certas localidade para se auferir a realidade interior da igreja. Quanto mais buscamos a realidade do Corpo de Cristo passamos a discernir o que é prático (prática da vida da igreja que é resultado do fluir do Espírito), do que é plástico (prática artificial usada para se viver a vida da igreja de maneira uniformizada, mas sem realidade do que é o Corpo de Cristo, e preocupada tão somente em manter uma fidelidade ministerial específica).
Kleydson Feio
REFERÊNCIA BIBLIOGÁFICA:
1- A Bíblia, pois é o livro mais importante e precioso de toda a minha vida!
2- A Peculiaridade, a Generalidade, e o sentido prático da Vida da Igreja, W. Lee
3- Estudo-Vida de Efésios, W. Lee
4- Estudo-Vida de Filipenses, W. Lee
5- Estudo-Vida de Romanos, W. Lee
6- The Life and way for the Practice of the Church Life, W. Lee
Na bíblia são mencionados dois tipos de Unidade: A Unidade do Espírito e a Unidade da Fé. O Senhor nos vincula na Unidade do Espírito através do processo de salvação, e conforme Ef 4:3 que diz: "Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz", pois a Unidade já existe e só precisa ser preservada! Todavia, precisamos prosseguir para sermos unidos de alma “São inteiramente unidos na mesma disposição mental e no mesmo parecer” (1 Co 1:10). A Unanimidade de Fp 1:1-2 é resultado da comunhão do Espírito, e é esta comunhão que devemos procurar viver diariamente. O pensar a mesma coisa seja na obra ou na igreja deve ser pensar Cristo, e não necessariamente pensar a mesma coisa em relação a questões seculares ou mesmo aquelas que julgamos serem espirituais. Mas tão somente pensar Cristo! As notas da Versão Restauração podem ajudar bastante sobre este ponto. Ocorre que o zelo pelas questões espirituais motiva muitas vezes os santos a acharem que a unanimidade se tratar de pensar as mesmas coisas quase que de maneira literal, ou seja, é gerado uma preocupação com a forma como se dever praticar a vida da igreja, e não significa necessariamente isto! É neste ponto que precisamos praticar mais ainda a inclusividade acolhendo os santos para crescermos até chegarmos a unidade da fé em Ef 4:13 “até que todos cheguemos à unidade da fé (...)”.
Somos muito diferentes uns dos outros, viemos de culturas diferentes (mesmo sendo brasileiros), formações diferentes e percepções da realidade a nossa volta bem diferentes, e muitas vezes crenças diferentes. Esta questão relacionado a crenças podem incluir as questão referentes aos dogmas, onde qualquer proposta de revisão ou reconsideração de certos ensinamentos ou práticas não é possível nem de ser mencionado. Este último não se aplica a pontos em que a defesa do evangelho (Fl 1:16) deve estar presente, ou seja, os elementos inerentes a peculiaridade escritural:1) Que a Bíblia é a palavra de Deus (2 Pe 1:21; 2Tm 3:16); 2) Que Deus é somente um e triúno (Mt 3:16-17; 28:19, 2 Co 13:14; Ef 2:18; 3:14-17; Ap 1:4-5); 3) Que Cristo é Deus na eternidade (Jo 1:1) e tornou-se carne (Jo 1:14), sendo ao mesmo tempo divino e humano (Jo 20:28; Rm 09:05, Jo 19:05; 1 Tm. 2:5); 4) Que os pecadores podem se arrepender e crer no Senhor Jesus para terem os seus pecados perdoados, para a redenção, para a justificação, e para a regeneração a fim de terem a vida eterna em Cristo Jesus para tornarem-se filhos de Deus e membros, que é a nossa salvação pela fé. 5) No que tange a Obra de Cristo, que “Cristo tornou-se primeiramente um homem através da encarnação (Jo 1:14) e morreu na cruz para nossa redenção (1 Pe 2:24; Ap 5:9). Então, Ele ressuscitou dos mortos para a nossa regeneração (1 Pe 1:3), ascendeu aos céus para ser o Senhor de todos (Atos 2:33, 36; 10:36), e vai voltar como Noivo para a Igreja (Jo 3:29; Ap 19:07) e o Rei dos reis para todas as nações (Ap 19:16). Estes são os principais aspectos da obra de Cristo. Estes aspectos incluem Sua encarnação, Sua crucificação, ressurreição, Sua ascensão e Sua volta. Nenhum cristão genuíno tem qualquer argumento sobre estes aspectos da obra de Cristo” (Livro: A Peculiaridade, A Generalidade e o Sentido Prático da Vida da Igreja, W. Lee. Tradução livre). 6) Que a igreja é a manifestação de Deus na carne, e composta por todos os crentes genuínos formando assim o único Corpo universal de Cristo (Ef 1:22-23, 4:4; Cl 1:24); e que se expressa localmente nas cidades (Ap 1:11). Destes 6 (seis) itens realmente não podemos abrir mão, e são os elementos básico para uma vida Cristã e da vida da igreja saudável, e o que passar disto são questões gerais que podemos viver a vida da igreja sem elas (Ler o livro: “A Peculiaridade, A Generalidade e o Sentido Prático da Vida da Igreja”, W. Lee). O grande problema hoje é que existe a tendência humana em aumentar os itens inerente a peculiaridade e diminuir os itens relacionados a generalidade. Os homens possuem a tendência natural e humana de aumentar os elementos que dizem respeito a fé comum de acordo com os seus pontos de vistas doutrinários, e enfatizar questões não essenciais. A carne possui a tendência em ser mais peculiar em relação a outros indivíduos e gradualmente menos geral!
Quando olhamos para 1 Co 12 vemos que o Senhor fala de um Corpo, e que este corpo é rico em diversidade “Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?” (1 Co 12:17). No corpo de Cristo os membros são diferentes, por isso, não temos duas pernas esquerdas ou duas pernas direitas, e no Corpo de Cristo é da mesma forma, concluímos que o corpo humano possui membros que têm certas diferenças. No livro de Efésios o Senhor nos fala que "Para que a multiforme sabedoria de Deus seja agora dada a conhecer por meio da igreja aos principados e potestades nos lugares celestiais" (Efésios 3:10), quer dizer, Deus manifesta na igreja sua multiforme sabedoria, ou as várias formas da sua sabedoria. E, desta maneira, Deus expressa a Unidade e Unanimidade através da diversidade da riqueza de Cristo nos membros!. A Diversidade/diferença dos membros é para a Unidade e Unanimidade. Chegar a unidade da fé não é fruto de concordância exterior sobre algum assunto, ou acordos doutrinários, mas do trabalhar interior do Espírito Santo! No final das contas, as nossas diferenças no Corpo são para que a Unidade e Unanimidade do próprio Corpo de Cristo sejam preservadas. Nunca pode ser resultado de tentar criar/fabricar Unidade e Unanimidade artificialmente pura e simplesmente promovendo práticas exteriores, mas é resultado de um fluir interior do rio da água da vida! E é exatamente neste ponto que a Diversidade existente no Corpo de Cristo assusta a Uniformização da unidade baseada em práticas exteriores, pois estas últimas são os recursos humanos usados em vários grupos de irmãos para se alcançar a Unanimidade de Fp 1:1-2.
A unidade genuína não é fruto da mera união, a unidade espiritual na igreja nunca jamais pode ser fabricada através dos métodos exteriores de tentar criá-la lendo os mesmos livros, ou praticando as mesma coisas. Até podemos praticar as mesmas coisas e ler os mesmos livros, desde que tenhamos a realidade no Corpo do que estamos fazendo! Porque Unidade e Uniformidade baseada em práticas exteriores são questões bem diferentes. Conforme Efésios 4 existe uma diferença clara entre Unidade do Espírito e Unidade da Fé. A Unidade do Espírito do versículo 3 de Efésios é alcançada na regeneração! E é algo que cultivamos no nosso espírito humano no momento em que recebemos o Espírito de Deus, e a Unidade da Fé é alcançada através também do Espírito, mas é resultado do trabalhar do Espírito Santo em nossas almas conforme o versículo 10 de primeira aos Coríntios e Fp 4:2. Quer dizer, está relacionado a Unanimidade de Atos 1:14; 2:46; 4:24. A Unidade é do Espírito no nosso espírito, mas a Unanimidade é resultado do trabalhar do Espírito em nossas almas! E assim, poderemos ser conformes a imagem do filho de Deus (Rm 8:29). Destarte, não teremos problemas para ter comunhão com os santos que estão em suas unidades particulares/privadas nos diversos grupos cristão espalhados pelo globo terrestre, pois, recebemos os que o Senhor, recebe e acolhemos os que o Senhor acolhe (Rm14:3). Porque, compreendemos que embora exista uma clara diferença entre estar no corpo e ter a realidade do corpo de Cristo, não devemos considerar os santos que não possuem esta realidade sejam menos especiais do que aqueles que julgamos tê-la alcançado ou que estão alcançando.
Em Mt 9:14-17 os discípulos de João interpelaram o Senhor sobre a prática de jejuar que tinham, mas os discípulos de Jesus não jejuavam. E o Senhor respondeu que no período em que o noivo (Jesus) se encontrava com eles não precisavam jejuar, e que “Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompe-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas, põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam” (v.17). O vinho era guardado nos odres. Que eram confeccinados normalmente de pele de cabra (embora pudesse ser de outro animal) que após ser morto, removia-se a carne e os ossos deixando seu couro intacto. Então, depois de devidamente tratado, ele era usado como recipiente para líquidos, inclusive o vinho. Os odres novos eram bastante maleáveis e elásticos. Com o passar do tempo eles se ressecavam e se submetidos a uma nova pressão rompiam-se. No que se referia ao armazenamento do vinho a não observância desta regra levava ao rompimento do odre e a conseqüência perda do vinho. Por conseguinte, Jesus disse que “vinho novo deve ser posto em odres novos e ambos se conservam” (v,17). Destarte O Vinho dá a forma necessaria ao Odre! O vinho é vida divina de Cristo, e devemos também reconheçer que precisamos do odre (forma exterior da igreja) para beber o vinho, mas é um erro enfatizar práticas exteriores para se obter a realidade interior da igreja! Por isso, a prática genuína da vida da igreja deve ser resultado do fluir da vida divina que dá a forma necessária ao odre, e não resultado do mimetismo que meramente está focado em fabricar unidade de maneira artificial fazendo um CTRL+C (Copiar) e CTRL+V (Colar) de práticas exteriores que estão "dando certo" em certas localidade para se auferir a realidade interior da igreja. Quanto mais buscamos a realidade do Corpo de Cristo passamos a discernir o que é prático (prática da vida da igreja que é resultado do fluir do Espírito), do que é plástico (prática artificial usada para se viver a vida da igreja de maneira uniformizada, mas sem realidade do que é o Corpo de Cristo, e preocupada tão somente em manter uma fidelidade ministerial específica).
Kleydson Feio
REFERÊNCIA BIBLIOGÁFICA:
1- A Bíblia, pois é o livro mais importante e precioso de toda a minha vida!
2- A Peculiaridade, a Generalidade, e o sentido prático da Vida da Igreja, W. Lee
3- Estudo-Vida de Efésios, W. Lee
4- Estudo-Vida de Filipenses, W. Lee
5- Estudo-Vida de Romanos, W. Lee
6- The Life and way for the Practice of the Church Life, W. Lee
sexta-feira, 30 de julho de 2010
DIFERENÇA ENTRE O MINISTÉRIO E OS MINISTÉRIOS NO NOVO TESTAMENTO
DIFERENÇA ENTRE O MINISTÉRIO E OS MINISTÉRIOS NO NOVO TESTAMENTO
1) Em primeiro lugar o ministério único neotestamentário é o que está mencionado nos versos 4:12 a 16 de Efésios, e ali está bem claro que tal ministério não corresponde ao ministério de algum membro mais dotado.
2) Em segundo lugar é preciso diferenciar entre O Ministério (mencionado em Ef 4) e ministérios, que são mencionados em 1 Co 12:5, os quais decorrem do desenvolvimento do dom que o Espírito distribui a cada um. Quando algum destes dotados, sob a direção do Espírito, se consagram e se doam para o corpo, se tornam estes dons dados aos homens (Ef 4:8-11).
3) Em terceiro lugar há que se diferenciar entre ministério (do grego ‘diaconia’, ou simplesmente serviço) do RESULTADO de tal ministério, o qual, dependendo do caso, pode até ser usufruído pelo Corpo pela eternidade, como é o caso do ministério dos Apóstolos e o Ministério do próprio Cristo. Por sinal este resultado está concluído e não se tem mais o que acrescentar senão edificar sobre ele (1 Co. 3:10,11).
4) Finalmente, é fundamental compreender a maravilha que é o Ministério da Nova Aliança, magistralmente descrito pelo apóstolo Paulo em 2 Co 2:12 a 3:11. Este Ministério maravilhoso só pode ser compreendido na esfera da comunhão dos apóstolos (1 Jo 1:3), pois é totalmente diferente de qualquer tipo de serviço ou ministério humano, sendo inclusive muito superior ao próprio ministério de Moisés, com todos os feitos que teve (cf. 2 Co. 3:13-15; Hb 8:5-13). De modo que com a expressão deste Ministério no Corpo temos cumprido 1 Tm 3:16, e isto, novamente friso, não destaca vaso algum em particular, mas destaca e glorifica CRISTO, o verdadeiro conteúdo da Igreja e do Ministério, sendo a Igreja o MISTÉRIO de Cristo. Recomendo uma meditação sobre as notas da Versão Restauração dos trechos que citei.
Todo o Ministério ou serviço necessariamente tem que ter um Ministro, e obviamente este ministério sempre será TEMPORÁRIO, sendo dado por concluído tão logo atinja o objetivo estabelecido em seu comissionamento dado por Deus. Obviamente que o ministério de um ministro termina com a morte deste!! Um ministério somente será eterno quando o Ministro também o for. Como os vasos são efêmeros e temporários, o resultado dos seus ministérios, quando muito, é o que perdura após a sua morte, mas nunca o Ministério deles! Portanto o único Ministério que permanece até cumprir plenamente o seu objetivo é o Ministério da Nova Aliança, cujo Ministro é o próprio Cristo! Misturar este ministério com o ministério de um ministro em particular, tratando como se o Ministério do ministro em questão perdurasse após a sua morte é uma temeridade que induz a introdução do conceito de hierarquia na Igreja.
Confundir, portanto, o ministério de algum vaso dotado com este Ministério da Nova Aliança é uma forte evidência de falta de percepção do que vem a ser de fato o Ministério da Nova Aliança!! Isto é particularmente perigoso, e pode ser percebido pelos frutos resultantes, já que, junto com as maravilhas da palavra revelada, temos infelizmente algumas conseqüências que, na prática, paradoxalmente contradizem a própria palavra pregada! Assim, por exemplo, o critério para condenar um falso Ministério deveria ser se este está saindo fora do fundamento dos apóstolos ou não, e não se está se subordinando a um ministério de um ministro ou grupo de ministros. Esta imposição de uma hierarquia centralizada da obra para tentar garantir a ‘unidade’ novamente é desprovida de base bíblica, pois quem garante a unidade é o infundir de cristo, que é de dentro para fora (Ver João 17:10-24). A unidade imposta por uma centralização hierárquica da obra é na verdade um esforço de unificação humano, que atua a partir do exterior dos santos, e a experiência mostrou em todos estes anos que só consegue uniformizar comportamentos e jargões, sendo absolutamente ineficaz de obter o resultado da genuína unidade descrita em João 17. O caminho da unificação é o caminho por onde se estabelece o poder religioso, punindo quem não se subordina àquela unificação e agraciando quem se submete, mas você não consegue ver real progresso de realidade espiritual naqueles que se sujeitam a este tipo de rudimento. Isto evidencia a carência de estar no verdadeiro Ministério da Nova Aliança, o qual aperfeiçoa a quem presta culto (cf. Hb 9:9).
Mas como a Bíblia define a unidade? Vale aqui transcrever Jo 17:20-23: "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim". Fica evidente neste trecho da Bíblia que o conceito divino do que seja realmente Unidade é único e não tem paralelo na cultura humana! É uma unidade perfeita e única a tal ponto que é idêntica àquela entre o Pai e o Filho, ou seja à própria unidade do Deus Triúno! Esta unidade é tão excepcional que se torna por si mesma o próprio testemunho do Evangelho do Reino (Mt. 24:14), evidenciando ao mundo a contemplar, que verdadeiramente o Filho foi enviado e amado pelo Pai, que agora ama a todos em sua Igreja! No livro “The Resumption of Watchman Nee’s Ministry” (tradução: A Retomada do Ministério de Watchman Nee) Volume 57 do "Collected Works of Watchman Nee", no capítulo 4 ele diz que a unidade do Corpo é baseada no conhecimento da vida do Corpo e é claro, na percepção da realidade do Corpo. A expressão da vida é o amor, e a genuína unidade espiritual se expressa pelo amor ágape entre os irmãos (Jo 13:34,35; Cl 3:14; 2Ts1:3; Hb 6:10; 1Pe 4:8; 1 Jo3:16; 4:12), um amor de origem exclusivamente divina, e não pode ser comparado ao amor humano, pois a sua fonte é a vida divina (zoé – Gr) e não outro tipo de vida tal como a vida do homem natural (psiqué – Gr). Como é uma unidade produzida pela transmissão a nós da própria glória dada pelo Pai a Cristo, transmissão esta que só ocorre com aqueles que estão Nele e se alimentam Dele (Jo 6:53-57), ela é produzida em nós de dentro para fora! Da mesma forma que o amor divino, este tipo de unidade só pode ser promovida pelo próprio Deus e ninguém mais (Dn 2:34,45; Mt. 16:18), pois somente Ele pode trabalhar em nosso interior. Assim, para que a unidade de Deus se mantenha é indispensável o AMOR. A unidade humana dispensa o amor.
Será que já foi esquecida a ênfase das cartas de Paulo para o termo: EM CRISTO!? Detalhe interessante é que no original grego a declinação da palavra Cristo aqui está no locativo, indicando um lugar ou endereço! Aliás, é interessante observar que a parte final de Romanos, a partir do cap. 12, que trata da vida da igreja, logo no início, o escrito fala a respeito da renovação da mente (ver nota 24 da Versão Restauração), indicando que a vida da igreja só é viável com uma mente transformada! Confirmando assim que a unidade genuína da igreja, promovida pelo Espírito, requer a cooperação de uma mente renovada, que é capaz de perceber o que é a unidade genuína.
Tudo que a obra humana pode fazer e promover é uma unificação e uniformização de fora, do exterior, tentando chegar ao interior do homem, o que não deixa de ser uma presunção, que, na melhor das hipóteses, seria um zelo como o de Uzá em 2 Sm 6:6-8! É como tentar forjar uma aparência de amor divino através de exigência de comportamento amoroso humano, esperando com isto chegar ao amor divino!
A unidade segundo Deus é uma questão de ser, em decorrência de ser achado no "endereço" certo, ou seja Em Cristo (Ef. 1:3), e jamais uma questão de fazer ou praticar, como se fosse decorrente de algum tipo de desempenho! Por isto o Sr. Jesus deu aquela resposta desconcertante aos discípulos que O questionaram sobre as obras de Deus em Jo 6:28,29. É bom não esquecer o conceito divino sobre o que é fé (uma labuta diante do Senhor acerca de 2 Pe 1:1). A obra humana só consegue agir no exterior e promover uma unificação e uniformização, enquanto Deus consegue expressar a genuína unidade justamente nas múltiplas formas, de modo a humilhar os principados e potestades (Ef. 3:10)! A verdadeira unidade só pode ser fundamentada em Jesus. Focar nossa atenção Nele e entender como amar e suportar uns aos outros é muito mais importante do que concordar com as doutrinas. Ter as mesmas doutrinas não é a base para unidade – é uma base para a divisão! Quando o Senhor se torna nosso ponto focal, veremos doutrinas, praticas e tudo o mais pela mesma perspectiva.
Em alguns grupos cristãos, o que tem sido pregado e enfatizado é a unidade como algo que se faz e pratica, em contraposição com a unidade ensinada pelos apóstolos, que é uma questão de ser e estar! De acordo com o Estudo-Vida de Gêneses, quando sentimos necessidade de orar para ser um, é porque a unidade já acabou! Dentre os desvios dos ensinos dos apóstolos este é o mais catastrófico, pois, por enfatizar o fazer ao invés do ser, acaba por focar a questão da unidade da obra ao invés de focá-la na Igreja, como deveria ser, conforme a Bíblia. Considerar como requisito para "estar na unidade" o acatamento da autoridade de um dado ministro e sua obra é totalmente anti-bíblico. Acatar esse ensinamento, faz com que as igrejas sejam para a obra (ao invés de a obra ser para as igrejas) e se reportarem a ela para preservar este tipo de unidade, e com isto acabam perdendo a sua principal característica de ser todo-inclusivas e abertas. Com o tempo, a comunhão da igreja acaba apresentando mais restrições do que exclusivamente as da Bíblia, ao invés de ser aberta, como deveria para um testemunho genuíno da expressão da unidade divina! Também não é para menos, enquanto a Igreja deve ser todo-inclusiva e aberta como o coração de Deus, a obra é restrita e requer fidelidade a uma dada orientação, e algumas vezes até hierarquia. Como misturar estas duas coisas e atrelar a Igreja à obra? Assim ou se perde a todo-inclusividade, ou se perde a fidelidade. Acabou se optando por preservar a fidelidade a todo o custo e com isto estamos perdendo o endereço da genuína bênção espiritual de Ef. 1:3! Recomenda-se uma releitura da conclusão do livro "A Ortodoxia da Igreja" de W. Nee. No livro “Collection of Newsletters (2)” (tradução: Coletânea de circulares (2)) Volume 26 do "Collected Works of Watchman Nee", em sua ISSUE NO.12, o irmão Nee atribui este desvio a uma enorme ignorância espiritual aliada a um conhecimento mental e superficial de algumas verdades e algumas revelações de outros, sem que tenham tido alguma experiência de peso com o Corpo de Cristo. Isto normalmente se deve à falta de submissão ao Espírito Santo por não se dispor a tomar a Cruz conforme as escrituras, não deixando que o Espírito o conduzisse. Ainda no mesmo livro ele fala que, na história da Igreja, toda a denominação começou com um reavivamento, mas que com o passar do tempo, para tentar manter a bênção e a verdade, o homem inventou regras, sistemas e organizações. Como conseqüência o Espírito Santo acaba cessando a Sua obra ali. A liberdade do Espírito assusta a carne, pois ela certamente destrói a uniformidade exterior. A carne não suporta diferenças exteriores, desfruta da uniformidade exterior e exige que todos se conformem a um conjunto de regulações. Se a principal característica da igreja não for na esfera espiritual, mas na correção e uma forma pré estabelecida nas reuniões e na conduta dos membros, então na melhor das hipóteses será igual a atividade dos fariseus. Para que a genuína unidade tenha caminho, a nossa carne precisa ser crucificada. W. Nee ainda chega a repreender os cooperadores em uma carta de cancelamento da “Collection of Newsletters” devido a ênfases na época a termos como andar no caminho, obediência e consagração, associado a verdades e práticas exteriores! Ele diz que se continuarem desta forma, não serão úteis nas mãos do Senhor!
Este problema inclusive foi abordado mui apropriadamente pelo irmão Lee em seus últimos livros, entre eles vale examinar o “The intrinsic Problem in the Lord’s Recovery Today and its Scriptural Remedy” (tradução: O problema intrínseco na Restauração do Senhor hoje e o seu remédio nas escrituras), pp. 9 e 32. Nas páginas 9 e 10 ele comenta claramente que esse problema é devido à falta do entendimento apropriado do que é a genuína unanimidade, a qual é totalmente diferente de apenas ter um grupo de pessoas reunindo e concordando entre si. Na verdade tal unanimidade é a unanimidade do Corpo orgânico de Cristo! Na página 32 ele vai mais longe, deixando claro que para manter a unanimidade na questão dos ensinamentos, as igrejas não eram obrigadas a ministrar as mesmas mensagens e a usar os mesmos livros, até ao mesmo tempo, mas que bastava não aceitar ensinamentos diferentes daqueles que estavam de acordo com a revelação da Economia Divina do Novo Testamento! Neste livro ele também define a unanimidade (one accord, em inglês) como a expressão prática da unidade (oneness). O único problema é que ele não esclareceu como se diferencia esta unanimidade prática que expressa a genuína unidade de João 17 dos outros tipos de "unanimidade" promovidos normalmente por imposição autoritária da maneira de ver e pensar, tão corrente em regimes totalitários e em seitas e religiões. Se simplesmente for exigida a unanimidade per si, sem o devido embasamento da genuína unidade, não teremos a almejada bênção prometida pela Bíblia para tal unanimidade.
É um mito supor que a unanimidade na carne é impossível. O próprio Senhor Jesus deixou claro que o Reino do inimigo não era dividido, caso contrário não subsistiria (Mt 12:25,26; Mc 3:24-26; Lc 11:17,18)! O exemplo mais eloqüente de tal unanimidade humana é a torre de Babel em Gn 11:1-9, cuja unanimidade mereceu a atenção especial de Deus, que causou a divisão e dispersão entre eles. Outro grande exemplo de unanimidade é a do reino do anticristo (Ap 17:12,13).
O próprio Senhor Jesus veio para causar DIVISÃO em unidade já estabelecida (Mt 10:35; Lc 12:51), vamos agora censurá-Lo por isso? Por isto a ressalva no Senhor do apóstolo Paulo ao exortar que Evódia e Sintique pensassem concordemente em Fp 4:2. Tentar "ser um de alma" com um determinado obreiro ou líder, por melhor que este seja, nos leva a correr o risco de cair na maldição de Jeremias 17:5. Quanto a um líder exigir isto, seguramente é de se suspeitar de suas verdadeiras intenções e de sua fidelidade ao Senhor! A ênfase na unanimidade a qualquer preço, exigindo-se inclusive que se desconsidere completamente o TIPO de unanimidade exigido, assim como os erros e desvios da fé, é seguramente uma brecha que o inimigo de Deus tem usado por séculos para frustrar o propósito eterno do Senhor e trazer muito sofrimento ao Seu povo. Quem não conhece a história do catolicismo romano? Não foi nada fácil para Lutero ter a ousadia de testemunhar o que vira diante do Senhor em Sua palavra santa. Portanto é de se desconfiar da ênfase em uma prioridade a qualquer preço na unidade sem levar em conta o tipo e a esfera da unidade. Não é para menos que a percepção do Corpo de Cristo seja algo tão difícil e confuso entre alguns santos, chegando a ser considerado um verdadeiro privilégio místico dado a poucos. O Corpo de Cristo está sendo tratado como se fosse sinônimo da obra de um grupo cristão, já que discordar da obra implicaria dividir-se do Corpo, como se a unidade da vida divina e do Espírito Santo fosse assim tão frágil!
A prioridade deve ser em Cristo, como o apóstolo Paulo enfatiza em todos os seus escritos. Aqui se recomenda fortemente uma leitura das notas 31 e 32 da RV em Ef 4. A unidade e a própria unanimidade devem ser uma mera decorrência de estar em Cristo, esfera esta onde as heresias e desvios se inviabilizam, e você não é obrigado a "ser um" com elas! A unidade de Mt 12:30 e Lc 11:23 é decorrente de realidade interior e não de uma imposição exterior. Se de fato se tem tal realidade interior, então não estaríamos falando das heresias e desvios! De quem é o ônus de não praticar a unidade genuína? De quem prega a heresia e o desvio ou de quem não aceita a heresia e o desvio da vontade de Deus? Tal tipo de unidade não é uma unidade que Deus nos exija a que a preservemos, mas pelo contrário Ele vem para DIVIDI-LA. Deste modo o ônus da divisão NÃO será de quem aparentemente ocasionou a dita "divisão", mas de quem promoveu aquela unidade que não é baseada em Deus! Afinal é madeira, feno e palha, que são destruídos pelo fogo (1 Co 3:10-17). Aí a causa do escândalo e do tropeço (Mt 18:6; Mc 9:42; Lc 17:6) não é "do fogo que queima", mas é de quem construiu com material inadequado! Existe uma certa margem de tolerância com os desvios, conforme Mc 9:40 (ver nota 401), mas isto não quer dizer que se tenha de "ser um" interiormente com tais desvios. Até para tal tolerância existe limite. Ainda se tenta dar uma aparência de preocupação com os irmãos em caso da verdade ser divulgada, como se "por amor aos irmãos" deveríamos compulsoriamente ser coniventes com a mentira, sendo omissos com a verdade. Como se o ônus do eventual dano a estes irmãos fosse decorrente da divulgação da verdade e desmascaramento da mentira, quando de fato o DANO JÁ ESTÁ FEITO, e é proporcional ao quanto cada um escorou a sua vida na mentira (Mt 7:24-27). A revelação da verdade simplesmente antecipa a constatação do dano, e não é o que provoca o dano. Quanto mais tarde ocorrer tal revelação, mais cada irmão poderá avançar em sua confiança na mentira, aumentando o seu dano. O prejuízo máximo será quando a verdade só vier a ser constatada no dia do julgamento do Senhor! Portanto é uma presunção se arvorar de tutor dos irmãos, tomando-os como incapazes de responderem pelos seus atos, e por isto "protegendo-os" da verdade. No fundo atrás disso tem uma presunçosa hipocrisia de se achar melhor ou mais experiente que os irmãos. A verdade ofende ao homem que se escora em sua presunção, não a Deus! O irmão Lee deixou claro alguns princípios para praticar a unidade em seu livro: A Peculiaridade, a Generalidade, e o sentido prático da Vida da Igreja. O caminho prático da unidade é apresentado na parte final de Romanos, a partir do capítulo 12, e em especial a "dica" de 12:3 (& nota), sobre cada um pensar de si com moderação, conforme a medida de fé de cada um. Isto possibilita a que tenhamos sabedoria para nos suportar mutuamente até que todos possam crescer até a plena estatura de Cristo (Ef 4:13 & notas). Isto deixa claro que só Cristo em nosso espírito pode nos levar à unanimidade perfeita, e não os zelos e métodos humanos buscando coibir o que se entende ser uma "divisão" nos outros! O zelo que precisamos ter é de não nos desviarmos da palavra de Deus e do verdadeiro caminho da Fé (Dt 4:40; 12:28; Pv 7:2; Ec 12:13; Mt 19:17; 2 Tm 2:14; 1 Jo 2:4,5; 3:24; Ap 3:8; 16:15; 22:7), caso contrário estaremos incorrendo em sério risco de nos desviarmos do caminho que nos conduz à verdadeira unidade através do crescimento da graça e do conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo (2 Pe 3:14-18).
Assim a Unanimidade do Espírito é antes uma conseqüência de uma prática de acordo com o ensinamento dos apóstolos e a Economia Divina, do que a prática em si a ser perseguida a qualquer custo! Só assim haverá o genuíno testemunho que trará o Senhor de volta (Mt 24:14; 2 Pe 3:9-13). A Igreja que o Senhor está construindo irá um dia impactar o mundo com a sua unidade. Será uma unidade que ultrapassa alianças e acordos; será uma unidade que só pode vir através da união com Aquele que mantém todas as coisas juntas pela palavra do seu poder. Essa unidade não virá pela busca da unidade; ela só pode vir pela busca Dele. Podemos estar completamente inconscientes disso, mas nossa atenção não vai estar em nós mesmos, mas, Nele. A Unidade por si mesma pode ser um falso deus. Se estivermos buscando-O, a unidade virá.
Paulo Fernando Keglevich
Referência Bibliográfica:
Além da Bíblia, de longe o livro mais importante, cabe recomendar ainda a seguinte leitura (a maioria já disponível on-line em http://www.ministrybooks.org/, em inglês), já referenciada neste texto.
1.Pontos Básicos Sobre o Entremesclar, W. Lee
2. Estudo-vida de Gêneses, W. Lee
3. Versão Restauração e notas (RV em inglês ou espanhol, já que em português temos apenas os evangelhos), W. Lee
4. O que você precisa saber sobre A Igreja. W. Lee
5. A Peculiaridade, a Generalidade, e o sentido prático da Vida da Igreja, W. Lee
6. A Ortodoxia da Igreja, W. Nee
7. The intrinsic Problem in the Lord’s Recovery Today and its Scriptural Remedy” (tradução: O problema intrínseco na Restauração do Senhor hoje e o seu remédio nas escrituras), W. Lee
8. “The Normal Christian Church Life” (tradução: A Vida Normal na Igreja Cristã), W. Nee
9. “The Apostles’ Teaching and the New Testament leadership” (tradução:O Ensinamento dos Apóstolos e a liderança do Novo testamento), Lee
10. “The Practice of the Church Life according to the God-ordained Way” (tradução: A prática da vida da Igreja de acordo com a maneira ordenada por Deus), W. Lee
11. Estudo-Vida de João, W. Lee
12. Conhecendo A Bíblia, W. Lee
13. Palestras Adicionais Sobre a Vida da Igreja, W. Nee
14. Estudo-Vida de Apocalipse, W. Lee
15. Estudo-Vida de Tessalonicenses, W. Lee
16. "Church Affairs" (tradução:Assuntos da Igreja), W. Nee
17. "How to Study the Bible" (tradução: Como estudar a Bíblia), W. Nee
18. "The Issue of the Dispensing of the Processed Trinity and the Transmitting of the Transcending Christ" (tradução: O objetivo do dispensar da trindade processada e transmitir do Cristo transcendente), W. Lee
19. Viver no Espírito Humano, W. Lee.
20. A Economia de Deus, W. Lee
21. A Visão do Edifício de Deus, W. Lee
22. A Visão da Era, W. Lee
23. Servir no espírito humano, W. Lee
24. A Expressão Prática da Igreja, W. Lee
25. 2 Coríntios: Uma autobiografia de uma pessoa no Espírito, W. Lee.
26. Presbíteros e Cooperadores: Quem São eles? W. Lee
27. "Further Consideration of the Eldership, the Region of Work, and the Care for the Body of Christ" (tradução: Consideração adicional a respeito do presbitério, a região da obra, e o cuidado pelo Corpo de Cristo), W. Lee
28. "The God-Ordained Way and the Eldership" (tradução: A maneira ordenada por Deus e o presbitério), W. Lee
29. "The Way to Practice the Lord's Present Recovery" (tradução: A maneira de praticar a presente Restauração do Senhor), W. Lee
30. "A Summary of the Study of the New Testament Way of Christian Service" (tradução: Um Sumário da maneira Neotestamentária do Serviço Cristão), W. Lee
31. "Practical Talks to the Elders" (tradução: Um palavra prática aos Presbíteros), W. Lee
32. "A Word of Love to the Co-Workers, Elders, Lovers and Seekers of the Lord" " (tradução: Um palavra de Amor aos cooperadores, presbíteros, amantes e seguidores do Senhor), W. Lee
33. "The problems causing the turmoils in the church life" (tradução: Os problemas que causam os disturbios na vida da Igreja), W. Lee
34. "A Brief Presentation of Lord’s Recovery" (tradução: Uma breve apresentação da Restauração do Senhor). W. Lee
35. "Life-Study of 2 Peter" (tradução: Estudo-Vida de 2 Pedro), W. Lee
36. Realidade ou Obssessão, Watchman Nee, Ed. Vida. Tradução dos dois últimos capítulos do Vol 36 ,"Central Messages" do "Collected Works of Watchman Nee".
37. "Elders' Trainning" (tradução: Treinamento de Presbíteros), Vol. 1-11, W. Lee.
38.1. Vol 1. "The Ministry of the New Testament" (tradução: O Ministério do Novo testamento)
39.2. Vol 2. "The Vision of the Lord's Recovery" (tradução: A Visão da restauração do Senhor)
40.3. Vol 3. "The Way to Carry out the Vision" (tradução: A maneira de Realizar a Visão)
41.4. Vol 4. "The Practice of the Lord's Recovery" (tradução: A Prática da Restauração do Senhor)
42.5. Vol 5. "Fellowship Concerning the Lord's Up-to-date Move" (tradução: Comunhão concernente ao mover atual do Senhor)
43.6. Vol 6. "The Crucial Points of the truth in Paul's Epistles" (tradução: Os Pontos cruciais da verdade na epístolas de Paulo)
44.7. Vol 7. "One Accord for the Lord's Move" (tradução: Um Acordo para o Mover do Senhor)
45.8. Vol 8. "The Life-Pulse of the Lord's Present Move" (tradução: O Pulso de Vida do presente Mover do Senhor)
46.9. Vol 9. "Eldership and the God-Ordained Way(1)" (tradução: O presbitério e a maneira ordenada por Deus (1))
47.10. Vol 10. "Eldership and the God-Ordained Way(2)" (tradução: O presbitério e a maneira ordenada por Deus (2))
48.11. Vol 11. "Eldership and the God-Ordained Way(3)" (tradução: O presbitério e a maneira ordenada por Deus (3))
49. "Synopsis of the Books of the Bible" (tradução: Sinopse dos livros da Bíblia), vol. 1 a 5. J. N. Darby.
50. Estudo Vida de Êxodo, Witness Lee.
51. "What Shall This Man Do?" (tradução: O que deve este homem fazer?), Watchman Nee
52. “The Assembly Life & The Prayer Ministry of the Church” (tradução: A Vida da Assembléia e O ministério de Oração da Igreja) Volume 22 do "Collected Works of Watchman Nee".
53. A Biografia de Watchman Nee, Witness Lee.
54. “The Character of the Lord’s Worker” (tradução: O caráter do obreiro de Deus) Volume 52 do "Collected Works of Watchman Nee".
55. “Collection of Newsletters (2)” (tradução: Coletânea de circulares (2)) Volume 26 do "Collected Works of Watchman Nee".
56. “The Present Testimony (4)” (tradução: O presente Testemunho (4)) Volume 11 do "Collected Works of Watchman Nee".
57. Doze Cestos Cheios, Vol. 2, Watchman Nee
58. “The Resumption of Watchman Nee’s Ministry” (tradução: A Retomada do Ministério de Watchman Nee) Volume 57 do "Collected Works of Watchman Nee".
59. "O Cristão Deve Participar da Política?" Christopher Walker, Edição de Julho/Agosto-2002 - http://www.revistaimpacto.com/
60. "Guerra contra os Santos", Jessie Penn-Lewis, tomos 1 e 2, versão integral, CCC
1) Em primeiro lugar o ministério único neotestamentário é o que está mencionado nos versos 4:12 a 16 de Efésios, e ali está bem claro que tal ministério não corresponde ao ministério de algum membro mais dotado.
2) Em segundo lugar é preciso diferenciar entre O Ministério (mencionado em Ef 4) e ministérios, que são mencionados em 1 Co 12:5, os quais decorrem do desenvolvimento do dom que o Espírito distribui a cada um. Quando algum destes dotados, sob a direção do Espírito, se consagram e se doam para o corpo, se tornam estes dons dados aos homens (Ef 4:8-11).
3) Em terceiro lugar há que se diferenciar entre ministério (do grego ‘diaconia’, ou simplesmente serviço) do RESULTADO de tal ministério, o qual, dependendo do caso, pode até ser usufruído pelo Corpo pela eternidade, como é o caso do ministério dos Apóstolos e o Ministério do próprio Cristo. Por sinal este resultado está concluído e não se tem mais o que acrescentar senão edificar sobre ele (1 Co. 3:10,11).
4) Finalmente, é fundamental compreender a maravilha que é o Ministério da Nova Aliança, magistralmente descrito pelo apóstolo Paulo em 2 Co 2:12 a 3:11. Este Ministério maravilhoso só pode ser compreendido na esfera da comunhão dos apóstolos (1 Jo 1:3), pois é totalmente diferente de qualquer tipo de serviço ou ministério humano, sendo inclusive muito superior ao próprio ministério de Moisés, com todos os feitos que teve (cf. 2 Co. 3:13-15; Hb 8:5-13). De modo que com a expressão deste Ministério no Corpo temos cumprido 1 Tm 3:16, e isto, novamente friso, não destaca vaso algum em particular, mas destaca e glorifica CRISTO, o verdadeiro conteúdo da Igreja e do Ministério, sendo a Igreja o MISTÉRIO de Cristo. Recomendo uma meditação sobre as notas da Versão Restauração dos trechos que citei.
Todo o Ministério ou serviço necessariamente tem que ter um Ministro, e obviamente este ministério sempre será TEMPORÁRIO, sendo dado por concluído tão logo atinja o objetivo estabelecido em seu comissionamento dado por Deus. Obviamente que o ministério de um ministro termina com a morte deste!! Um ministério somente será eterno quando o Ministro também o for. Como os vasos são efêmeros e temporários, o resultado dos seus ministérios, quando muito, é o que perdura após a sua morte, mas nunca o Ministério deles! Portanto o único Ministério que permanece até cumprir plenamente o seu objetivo é o Ministério da Nova Aliança, cujo Ministro é o próprio Cristo! Misturar este ministério com o ministério de um ministro em particular, tratando como se o Ministério do ministro em questão perdurasse após a sua morte é uma temeridade que induz a introdução do conceito de hierarquia na Igreja.
Confundir, portanto, o ministério de algum vaso dotado com este Ministério da Nova Aliança é uma forte evidência de falta de percepção do que vem a ser de fato o Ministério da Nova Aliança!! Isto é particularmente perigoso, e pode ser percebido pelos frutos resultantes, já que, junto com as maravilhas da palavra revelada, temos infelizmente algumas conseqüências que, na prática, paradoxalmente contradizem a própria palavra pregada! Assim, por exemplo, o critério para condenar um falso Ministério deveria ser se este está saindo fora do fundamento dos apóstolos ou não, e não se está se subordinando a um ministério de um ministro ou grupo de ministros. Esta imposição de uma hierarquia centralizada da obra para tentar garantir a ‘unidade’ novamente é desprovida de base bíblica, pois quem garante a unidade é o infundir de cristo, que é de dentro para fora (Ver João 17:10-24). A unidade imposta por uma centralização hierárquica da obra é na verdade um esforço de unificação humano, que atua a partir do exterior dos santos, e a experiência mostrou em todos estes anos que só consegue uniformizar comportamentos e jargões, sendo absolutamente ineficaz de obter o resultado da genuína unidade descrita em João 17. O caminho da unificação é o caminho por onde se estabelece o poder religioso, punindo quem não se subordina àquela unificação e agraciando quem se submete, mas você não consegue ver real progresso de realidade espiritual naqueles que se sujeitam a este tipo de rudimento. Isto evidencia a carência de estar no verdadeiro Ministério da Nova Aliança, o qual aperfeiçoa a quem presta culto (cf. Hb 9:9).
Mas como a Bíblia define a unidade? Vale aqui transcrever Jo 17:20-23: "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim". Fica evidente neste trecho da Bíblia que o conceito divino do que seja realmente Unidade é único e não tem paralelo na cultura humana! É uma unidade perfeita e única a tal ponto que é idêntica àquela entre o Pai e o Filho, ou seja à própria unidade do Deus Triúno! Esta unidade é tão excepcional que se torna por si mesma o próprio testemunho do Evangelho do Reino (Mt. 24:14), evidenciando ao mundo a contemplar, que verdadeiramente o Filho foi enviado e amado pelo Pai, que agora ama a todos em sua Igreja! No livro “The Resumption of Watchman Nee’s Ministry” (tradução: A Retomada do Ministério de Watchman Nee) Volume 57 do "Collected Works of Watchman Nee", no capítulo 4 ele diz que a unidade do Corpo é baseada no conhecimento da vida do Corpo e é claro, na percepção da realidade do Corpo. A expressão da vida é o amor, e a genuína unidade espiritual se expressa pelo amor ágape entre os irmãos (Jo 13:34,35; Cl 3:14; 2Ts1:3; Hb 6:10; 1Pe 4:8; 1 Jo3:16; 4:12), um amor de origem exclusivamente divina, e não pode ser comparado ao amor humano, pois a sua fonte é a vida divina (zoé – Gr) e não outro tipo de vida tal como a vida do homem natural (psiqué – Gr). Como é uma unidade produzida pela transmissão a nós da própria glória dada pelo Pai a Cristo, transmissão esta que só ocorre com aqueles que estão Nele e se alimentam Dele (Jo 6:53-57), ela é produzida em nós de dentro para fora! Da mesma forma que o amor divino, este tipo de unidade só pode ser promovida pelo próprio Deus e ninguém mais (Dn 2:34,45; Mt. 16:18), pois somente Ele pode trabalhar em nosso interior. Assim, para que a unidade de Deus se mantenha é indispensável o AMOR. A unidade humana dispensa o amor.
Será que já foi esquecida a ênfase das cartas de Paulo para o termo: EM CRISTO!? Detalhe interessante é que no original grego a declinação da palavra Cristo aqui está no locativo, indicando um lugar ou endereço! Aliás, é interessante observar que a parte final de Romanos, a partir do cap. 12, que trata da vida da igreja, logo no início, o escrito fala a respeito da renovação da mente (ver nota 24 da Versão Restauração), indicando que a vida da igreja só é viável com uma mente transformada! Confirmando assim que a unidade genuína da igreja, promovida pelo Espírito, requer a cooperação de uma mente renovada, que é capaz de perceber o que é a unidade genuína.
Tudo que a obra humana pode fazer e promover é uma unificação e uniformização de fora, do exterior, tentando chegar ao interior do homem, o que não deixa de ser uma presunção, que, na melhor das hipóteses, seria um zelo como o de Uzá em 2 Sm 6:6-8! É como tentar forjar uma aparência de amor divino através de exigência de comportamento amoroso humano, esperando com isto chegar ao amor divino!
A unidade segundo Deus é uma questão de ser, em decorrência de ser achado no "endereço" certo, ou seja Em Cristo (Ef. 1:3), e jamais uma questão de fazer ou praticar, como se fosse decorrente de algum tipo de desempenho! Por isto o Sr. Jesus deu aquela resposta desconcertante aos discípulos que O questionaram sobre as obras de Deus em Jo 6:28,29. É bom não esquecer o conceito divino sobre o que é fé (uma labuta diante do Senhor acerca de 2 Pe 1:1). A obra humana só consegue agir no exterior e promover uma unificação e uniformização, enquanto Deus consegue expressar a genuína unidade justamente nas múltiplas formas, de modo a humilhar os principados e potestades (Ef. 3:10)! A verdadeira unidade só pode ser fundamentada em Jesus. Focar nossa atenção Nele e entender como amar e suportar uns aos outros é muito mais importante do que concordar com as doutrinas. Ter as mesmas doutrinas não é a base para unidade – é uma base para a divisão! Quando o Senhor se torna nosso ponto focal, veremos doutrinas, praticas e tudo o mais pela mesma perspectiva.
Em alguns grupos cristãos, o que tem sido pregado e enfatizado é a unidade como algo que se faz e pratica, em contraposição com a unidade ensinada pelos apóstolos, que é uma questão de ser e estar! De acordo com o Estudo-Vida de Gêneses, quando sentimos necessidade de orar para ser um, é porque a unidade já acabou! Dentre os desvios dos ensinos dos apóstolos este é o mais catastrófico, pois, por enfatizar o fazer ao invés do ser, acaba por focar a questão da unidade da obra ao invés de focá-la na Igreja, como deveria ser, conforme a Bíblia. Considerar como requisito para "estar na unidade" o acatamento da autoridade de um dado ministro e sua obra é totalmente anti-bíblico. Acatar esse ensinamento, faz com que as igrejas sejam para a obra (ao invés de a obra ser para as igrejas) e se reportarem a ela para preservar este tipo de unidade, e com isto acabam perdendo a sua principal característica de ser todo-inclusivas e abertas. Com o tempo, a comunhão da igreja acaba apresentando mais restrições do que exclusivamente as da Bíblia, ao invés de ser aberta, como deveria para um testemunho genuíno da expressão da unidade divina! Também não é para menos, enquanto a Igreja deve ser todo-inclusiva e aberta como o coração de Deus, a obra é restrita e requer fidelidade a uma dada orientação, e algumas vezes até hierarquia. Como misturar estas duas coisas e atrelar a Igreja à obra? Assim ou se perde a todo-inclusividade, ou se perde a fidelidade. Acabou se optando por preservar a fidelidade a todo o custo e com isto estamos perdendo o endereço da genuína bênção espiritual de Ef. 1:3! Recomenda-se uma releitura da conclusão do livro "A Ortodoxia da Igreja" de W. Nee. No livro “Collection of Newsletters (2)” (tradução: Coletânea de circulares (2)) Volume 26 do "Collected Works of Watchman Nee", em sua ISSUE NO.12, o irmão Nee atribui este desvio a uma enorme ignorância espiritual aliada a um conhecimento mental e superficial de algumas verdades e algumas revelações de outros, sem que tenham tido alguma experiência de peso com o Corpo de Cristo. Isto normalmente se deve à falta de submissão ao Espírito Santo por não se dispor a tomar a Cruz conforme as escrituras, não deixando que o Espírito o conduzisse. Ainda no mesmo livro ele fala que, na história da Igreja, toda a denominação começou com um reavivamento, mas que com o passar do tempo, para tentar manter a bênção e a verdade, o homem inventou regras, sistemas e organizações. Como conseqüência o Espírito Santo acaba cessando a Sua obra ali. A liberdade do Espírito assusta a carne, pois ela certamente destrói a uniformidade exterior. A carne não suporta diferenças exteriores, desfruta da uniformidade exterior e exige que todos se conformem a um conjunto de regulações. Se a principal característica da igreja não for na esfera espiritual, mas na correção e uma forma pré estabelecida nas reuniões e na conduta dos membros, então na melhor das hipóteses será igual a atividade dos fariseus. Para que a genuína unidade tenha caminho, a nossa carne precisa ser crucificada. W. Nee ainda chega a repreender os cooperadores em uma carta de cancelamento da “Collection of Newsletters” devido a ênfases na época a termos como andar no caminho, obediência e consagração, associado a verdades e práticas exteriores! Ele diz que se continuarem desta forma, não serão úteis nas mãos do Senhor!
Este problema inclusive foi abordado mui apropriadamente pelo irmão Lee em seus últimos livros, entre eles vale examinar o “The intrinsic Problem in the Lord’s Recovery Today and its Scriptural Remedy” (tradução: O problema intrínseco na Restauração do Senhor hoje e o seu remédio nas escrituras), pp. 9 e 32. Nas páginas 9 e 10 ele comenta claramente que esse problema é devido à falta do entendimento apropriado do que é a genuína unanimidade, a qual é totalmente diferente de apenas ter um grupo de pessoas reunindo e concordando entre si. Na verdade tal unanimidade é a unanimidade do Corpo orgânico de Cristo! Na página 32 ele vai mais longe, deixando claro que para manter a unanimidade na questão dos ensinamentos, as igrejas não eram obrigadas a ministrar as mesmas mensagens e a usar os mesmos livros, até ao mesmo tempo, mas que bastava não aceitar ensinamentos diferentes daqueles que estavam de acordo com a revelação da Economia Divina do Novo Testamento! Neste livro ele também define a unanimidade (one accord, em inglês) como a expressão prática da unidade (oneness). O único problema é que ele não esclareceu como se diferencia esta unanimidade prática que expressa a genuína unidade de João 17 dos outros tipos de "unanimidade" promovidos normalmente por imposição autoritária da maneira de ver e pensar, tão corrente em regimes totalitários e em seitas e religiões. Se simplesmente for exigida a unanimidade per si, sem o devido embasamento da genuína unidade, não teremos a almejada bênção prometida pela Bíblia para tal unanimidade.
É um mito supor que a unanimidade na carne é impossível. O próprio Senhor Jesus deixou claro que o Reino do inimigo não era dividido, caso contrário não subsistiria (Mt 12:25,26; Mc 3:24-26; Lc 11:17,18)! O exemplo mais eloqüente de tal unanimidade humana é a torre de Babel em Gn 11:1-9, cuja unanimidade mereceu a atenção especial de Deus, que causou a divisão e dispersão entre eles. Outro grande exemplo de unanimidade é a do reino do anticristo (Ap 17:12,13).
O próprio Senhor Jesus veio para causar DIVISÃO em unidade já estabelecida (Mt 10:35; Lc 12:51), vamos agora censurá-Lo por isso? Por isto a ressalva no Senhor do apóstolo Paulo ao exortar que Evódia e Sintique pensassem concordemente em Fp 4:2. Tentar "ser um de alma" com um determinado obreiro ou líder, por melhor que este seja, nos leva a correr o risco de cair na maldição de Jeremias 17:5. Quanto a um líder exigir isto, seguramente é de se suspeitar de suas verdadeiras intenções e de sua fidelidade ao Senhor! A ênfase na unanimidade a qualquer preço, exigindo-se inclusive que se desconsidere completamente o TIPO de unanimidade exigido, assim como os erros e desvios da fé, é seguramente uma brecha que o inimigo de Deus tem usado por séculos para frustrar o propósito eterno do Senhor e trazer muito sofrimento ao Seu povo. Quem não conhece a história do catolicismo romano? Não foi nada fácil para Lutero ter a ousadia de testemunhar o que vira diante do Senhor em Sua palavra santa. Portanto é de se desconfiar da ênfase em uma prioridade a qualquer preço na unidade sem levar em conta o tipo e a esfera da unidade. Não é para menos que a percepção do Corpo de Cristo seja algo tão difícil e confuso entre alguns santos, chegando a ser considerado um verdadeiro privilégio místico dado a poucos. O Corpo de Cristo está sendo tratado como se fosse sinônimo da obra de um grupo cristão, já que discordar da obra implicaria dividir-se do Corpo, como se a unidade da vida divina e do Espírito Santo fosse assim tão frágil!
A prioridade deve ser em Cristo, como o apóstolo Paulo enfatiza em todos os seus escritos. Aqui se recomenda fortemente uma leitura das notas 31 e 32 da RV em Ef 4. A unidade e a própria unanimidade devem ser uma mera decorrência de estar em Cristo, esfera esta onde as heresias e desvios se inviabilizam, e você não é obrigado a "ser um" com elas! A unidade de Mt 12:30 e Lc 11:23 é decorrente de realidade interior e não de uma imposição exterior. Se de fato se tem tal realidade interior, então não estaríamos falando das heresias e desvios! De quem é o ônus de não praticar a unidade genuína? De quem prega a heresia e o desvio ou de quem não aceita a heresia e o desvio da vontade de Deus? Tal tipo de unidade não é uma unidade que Deus nos exija a que a preservemos, mas pelo contrário Ele vem para DIVIDI-LA. Deste modo o ônus da divisão NÃO será de quem aparentemente ocasionou a dita "divisão", mas de quem promoveu aquela unidade que não é baseada em Deus! Afinal é madeira, feno e palha, que são destruídos pelo fogo (1 Co 3:10-17). Aí a causa do escândalo e do tropeço (Mt 18:6; Mc 9:42; Lc 17:6) não é "do fogo que queima", mas é de quem construiu com material inadequado! Existe uma certa margem de tolerância com os desvios, conforme Mc 9:40 (ver nota 401), mas isto não quer dizer que se tenha de "ser um" interiormente com tais desvios. Até para tal tolerância existe limite. Ainda se tenta dar uma aparência de preocupação com os irmãos em caso da verdade ser divulgada, como se "por amor aos irmãos" deveríamos compulsoriamente ser coniventes com a mentira, sendo omissos com a verdade. Como se o ônus do eventual dano a estes irmãos fosse decorrente da divulgação da verdade e desmascaramento da mentira, quando de fato o DANO JÁ ESTÁ FEITO, e é proporcional ao quanto cada um escorou a sua vida na mentira (Mt 7:24-27). A revelação da verdade simplesmente antecipa a constatação do dano, e não é o que provoca o dano. Quanto mais tarde ocorrer tal revelação, mais cada irmão poderá avançar em sua confiança na mentira, aumentando o seu dano. O prejuízo máximo será quando a verdade só vier a ser constatada no dia do julgamento do Senhor! Portanto é uma presunção se arvorar de tutor dos irmãos, tomando-os como incapazes de responderem pelos seus atos, e por isto "protegendo-os" da verdade. No fundo atrás disso tem uma presunçosa hipocrisia de se achar melhor ou mais experiente que os irmãos. A verdade ofende ao homem que se escora em sua presunção, não a Deus! O irmão Lee deixou claro alguns princípios para praticar a unidade em seu livro: A Peculiaridade, a Generalidade, e o sentido prático da Vida da Igreja. O caminho prático da unidade é apresentado na parte final de Romanos, a partir do capítulo 12, e em especial a "dica" de 12:3 (& nota), sobre cada um pensar de si com moderação, conforme a medida de fé de cada um. Isto possibilita a que tenhamos sabedoria para nos suportar mutuamente até que todos possam crescer até a plena estatura de Cristo (Ef 4:13 & notas). Isto deixa claro que só Cristo em nosso espírito pode nos levar à unanimidade perfeita, e não os zelos e métodos humanos buscando coibir o que se entende ser uma "divisão" nos outros! O zelo que precisamos ter é de não nos desviarmos da palavra de Deus e do verdadeiro caminho da Fé (Dt 4:40; 12:28; Pv 7:2; Ec 12:13; Mt 19:17; 2 Tm 2:14; 1 Jo 2:4,5; 3:24; Ap 3:8; 16:15; 22:7), caso contrário estaremos incorrendo em sério risco de nos desviarmos do caminho que nos conduz à verdadeira unidade através do crescimento da graça e do conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo (2 Pe 3:14-18).
Assim a Unanimidade do Espírito é antes uma conseqüência de uma prática de acordo com o ensinamento dos apóstolos e a Economia Divina, do que a prática em si a ser perseguida a qualquer custo! Só assim haverá o genuíno testemunho que trará o Senhor de volta (Mt 24:14; 2 Pe 3:9-13). A Igreja que o Senhor está construindo irá um dia impactar o mundo com a sua unidade. Será uma unidade que ultrapassa alianças e acordos; será uma unidade que só pode vir através da união com Aquele que mantém todas as coisas juntas pela palavra do seu poder. Essa unidade não virá pela busca da unidade; ela só pode vir pela busca Dele. Podemos estar completamente inconscientes disso, mas nossa atenção não vai estar em nós mesmos, mas, Nele. A Unidade por si mesma pode ser um falso deus. Se estivermos buscando-O, a unidade virá.
Paulo Fernando Keglevich
Referência Bibliográfica:
Além da Bíblia, de longe o livro mais importante, cabe recomendar ainda a seguinte leitura (a maioria já disponível on-line em http://www.ministrybooks.org/, em inglês), já referenciada neste texto.
1.Pontos Básicos Sobre o Entremesclar, W. Lee
2. Estudo-vida de Gêneses, W. Lee
3. Versão Restauração e notas (RV em inglês ou espanhol, já que em português temos apenas os evangelhos), W. Lee
4. O que você precisa saber sobre A Igreja. W. Lee
5. A Peculiaridade, a Generalidade, e o sentido prático da Vida da Igreja, W. Lee
6. A Ortodoxia da Igreja, W. Nee
7. The intrinsic Problem in the Lord’s Recovery Today and its Scriptural Remedy” (tradução: O problema intrínseco na Restauração do Senhor hoje e o seu remédio nas escrituras), W. Lee
8. “The Normal Christian Church Life” (tradução: A Vida Normal na Igreja Cristã), W. Nee
9. “The Apostles’ Teaching and the New Testament leadership” (tradução:O Ensinamento dos Apóstolos e a liderança do Novo testamento), Lee
10. “The Practice of the Church Life according to the God-ordained Way” (tradução: A prática da vida da Igreja de acordo com a maneira ordenada por Deus), W. Lee
11. Estudo-Vida de João, W. Lee
12. Conhecendo A Bíblia, W. Lee
13. Palestras Adicionais Sobre a Vida da Igreja, W. Nee
14. Estudo-Vida de Apocalipse, W. Lee
15. Estudo-Vida de Tessalonicenses, W. Lee
16. "Church Affairs" (tradução:Assuntos da Igreja), W. Nee
17. "How to Study the Bible" (tradução: Como estudar a Bíblia), W. Nee
18. "The Issue of the Dispensing of the Processed Trinity and the Transmitting of the Transcending Christ" (tradução: O objetivo do dispensar da trindade processada e transmitir do Cristo transcendente), W. Lee
19. Viver no Espírito Humano, W. Lee.
20. A Economia de Deus, W. Lee
21. A Visão do Edifício de Deus, W. Lee
22. A Visão da Era, W. Lee
23. Servir no espírito humano, W. Lee
24. A Expressão Prática da Igreja, W. Lee
25. 2 Coríntios: Uma autobiografia de uma pessoa no Espírito, W. Lee.
26. Presbíteros e Cooperadores: Quem São eles? W. Lee
27. "Further Consideration of the Eldership, the Region of Work, and the Care for the Body of Christ" (tradução: Consideração adicional a respeito do presbitério, a região da obra, e o cuidado pelo Corpo de Cristo), W. Lee
28. "The God-Ordained Way and the Eldership" (tradução: A maneira ordenada por Deus e o presbitério), W. Lee
29. "The Way to Practice the Lord's Present Recovery" (tradução: A maneira de praticar a presente Restauração do Senhor), W. Lee
30. "A Summary of the Study of the New Testament Way of Christian Service" (tradução: Um Sumário da maneira Neotestamentária do Serviço Cristão), W. Lee
31. "Practical Talks to the Elders" (tradução: Um palavra prática aos Presbíteros), W. Lee
32. "A Word of Love to the Co-Workers, Elders, Lovers and Seekers of the Lord" " (tradução: Um palavra de Amor aos cooperadores, presbíteros, amantes e seguidores do Senhor), W. Lee
33. "The problems causing the turmoils in the church life" (tradução: Os problemas que causam os disturbios na vida da Igreja), W. Lee
34. "A Brief Presentation of Lord’s Recovery" (tradução: Uma breve apresentação da Restauração do Senhor). W. Lee
35. "Life-Study of 2 Peter" (tradução: Estudo-Vida de 2 Pedro), W. Lee
36. Realidade ou Obssessão, Watchman Nee, Ed. Vida. Tradução dos dois últimos capítulos do Vol 36 ,"Central Messages" do "Collected Works of Watchman Nee".
37. "Elders' Trainning" (tradução: Treinamento de Presbíteros), Vol. 1-11, W. Lee.
38.1. Vol 1. "The Ministry of the New Testament" (tradução: O Ministério do Novo testamento)
39.2. Vol 2. "The Vision of the Lord's Recovery" (tradução: A Visão da restauração do Senhor)
40.3. Vol 3. "The Way to Carry out the Vision" (tradução: A maneira de Realizar a Visão)
41.4. Vol 4. "The Practice of the Lord's Recovery" (tradução: A Prática da Restauração do Senhor)
42.5. Vol 5. "Fellowship Concerning the Lord's Up-to-date Move" (tradução: Comunhão concernente ao mover atual do Senhor)
43.6. Vol 6. "The Crucial Points of the truth in Paul's Epistles" (tradução: Os Pontos cruciais da verdade na epístolas de Paulo)
44.7. Vol 7. "One Accord for the Lord's Move" (tradução: Um Acordo para o Mover do Senhor)
45.8. Vol 8. "The Life-Pulse of the Lord's Present Move" (tradução: O Pulso de Vida do presente Mover do Senhor)
46.9. Vol 9. "Eldership and the God-Ordained Way(1)" (tradução: O presbitério e a maneira ordenada por Deus (1))
47.10. Vol 10. "Eldership and the God-Ordained Way(2)" (tradução: O presbitério e a maneira ordenada por Deus (2))
48.11. Vol 11. "Eldership and the God-Ordained Way(3)" (tradução: O presbitério e a maneira ordenada por Deus (3))
49. "Synopsis of the Books of the Bible" (tradução: Sinopse dos livros da Bíblia), vol. 1 a 5. J. N. Darby.
50. Estudo Vida de Êxodo, Witness Lee.
51. "What Shall This Man Do?" (tradução: O que deve este homem fazer?), Watchman Nee
52. “The Assembly Life & The Prayer Ministry of the Church” (tradução: A Vida da Assembléia e O ministério de Oração da Igreja) Volume 22 do "Collected Works of Watchman Nee".
53. A Biografia de Watchman Nee, Witness Lee.
54. “The Character of the Lord’s Worker” (tradução: O caráter do obreiro de Deus) Volume 52 do "Collected Works of Watchman Nee".
55. “Collection of Newsletters (2)” (tradução: Coletânea de circulares (2)) Volume 26 do "Collected Works of Watchman Nee".
56. “The Present Testimony (4)” (tradução: O presente Testemunho (4)) Volume 11 do "Collected Works of Watchman Nee".
57. Doze Cestos Cheios, Vol. 2, Watchman Nee
58. “The Resumption of Watchman Nee’s Ministry” (tradução: A Retomada do Ministério de Watchman Nee) Volume 57 do "Collected Works of Watchman Nee".
59. "O Cristão Deve Participar da Política?" Christopher Walker, Edição de Julho/Agosto-2002 - http://www.revistaimpacto.com/
60. "Guerra contra os Santos", Jessie Penn-Lewis, tomos 1 e 2, versão integral, CCC
quarta-feira, 21 de julho de 2010
A Restauração da Imagem de Deus no homem
Quando Deus fez o homem ele o criou a sua imagem, conforme a sua semelhança: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança (...)” - Gn 1:26 - neste excerto bíblico a trindade divina fez uma conferência para criar-lo e, por isso, disse “façamos o homem”, e observa-se que o verbo fazer está no plural indicando a reunião do Deus triúno para fazer o homem, contudo, a desobediência humana resultou na queda. A palavra imagem neste contexto bíblico significa expressão, e o homem perdeu a expressão de Deus, que é encontrada na pessoa de Cristo como “a expressão exata do Seu ser” (Hb 1:3). Esta questão da expressão de Deus na terra é tão importante que Deus queria ser expresso através do homem. A queda introduziu o pecado e fez com que Deus elaborasse um plano para ser expresso através do homem.
No seu plano para ser expresso através do homem o nosso Deus em Êxodo 20 deu os 10 mandamentos ao seu povo como a expressão de tudo o que Ele é para o homem, pois só um Deus tão elevado poderia dar um padrão moral elevado e espiritual para o Seu povo escolhido. A lei de Deus é a expressão dos atributos de Deus para nós o seu povo, como justiça, retidão, santidade, bondade, etc..., só alguém com atributos espirituais tão elevados poderia ministrar a sua própria pessoa. Por isso, a lei de Deus expressa que tipo de Deus é o nosso Deus! Se um governante tem um padrão moral baixo, ele só pode elaborar decretos que são pobres em termos de nível moral.
No versículo quatro o Senhor fala “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”, vemos o Senhor nos falando novamente de imagem e semelhança em um livro em que ele está dando a lei para o seu povo escolhido. Ou seja, Ele está ministrando o que ele é para o seu povo! A experiência dos homens de tentar imitar a imagem e semelhança da criação de Deus são sempre fracassadas e os afastam do próprio Deus, levando-os a idolatria! E somente a ministração Dele mesmo como vida e como o nosso tudo para dentro de nós é que pode nos satisfazer realmente!!. As pessoas que não tem Cristo como sua vida possuem um vazio do tamanho de Deus, porque somente Deus é quem pode preenche-las!, mas Graças ao Senhor! Porque como filhos de Deus podemos desfrutar do próprio Deus como o Verbo ou Palavra (Jo 1:1), que é o “evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2 Co 4:4), e é através deste evangelho que o Senhor pode hoje restaurar a imagem de Deus no homem.
Aquele bezerro de ouro era a expressão do que é terrenal, pois a natureza humana se contenta em contatar o mundo espiritual através de objetos palpáveis (Sl 115), se satisfaz com a limitada semelhança de elementos deste mundo. A natureza maligna resultado da queda e do pecado é resistente em buscar as coisas lá do alto (Cl 3:1-4), e a exercitar o espírito humano para contatar Deus (Jo 4:23), que é Espírito (1Co 6:17). E até mesmo busca se relacionar com o mundo espiritual através de imitações, ou imagens (Ex 32:1-10), pois o ouro na bíblia significa a natureza de Deus, e o Candelabro (que representa a igreja – Ap 1:20) é de Ouro (Ex 26:31), e o Bezerro também é de ouro (Ex 32:4). Hoje, o mundo Cristão está repleto de imitações do que Deus é, muitos esforços humanos através de ensinamentos, práticas exteriores, acordos doutrinários para produzir um ambiente espiritual que seja a genuína expressão de Deus. Fórmulas e formas exteriores que imitam a unidade e unanimidade do Corpo de Cristo também são muito comuns, contudo, somente quando dependemos realmente do Espírito é que pode ser gerada a verdadeira esfera de comunhão individual com o Senhor, e de comunhão coletiva (igreja). Enfatizar o que vai além da fé comum, como práticas exterioras, resultam sempre em idolatria! E às vezes idolatria da unidade/unanimidade baseada em práticas exteriores.
A importância da restauração da imagem de Deus na terra é tamanha que Satanás também quer ter a sua expressão através de pôr a sua imagem no templo e seduzir os homens: “Seduz os que habitam sobe a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu (...)” (Ap13:14). Todavia, esta imagem da besta apocalíptica é mais sofisticada do que as anteriores registradas na bíblia, pois pode falar, matar os que lhes desobedecerem, e marcar com o número 666 os que lhe seguem (Ap13:15-18). Várias pessoas seguirão esta imagem, porque o deus deste século segou e segará o entendimento dos incrédulos para que não sejam iluminados pelo evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus (2Co 4:4). Mas, os que amam o Senhor se apartam do mal e desta imagem maligna que o Senhor despreza e desprezará! (Sl 73:20).
Embora realmente seja trágico o fato de o homem ter perdido a imagem de Deus através da queda! É confortante perceber que pela igreja hoje contemplando e refletindo como por espelho o Senhor Jesus está nos transformando de glória em glória a sua própria imagem! (2Co 3:18). Assim também como por um homem (Adão) foi introduzida a imagem do que é terreno, por meio de Cristo através da igreja pode-se trazer à terra a imagem do que é espiritual (1Co 15:45-50). Destarte, somos conformados à imagem do Filho de Deus (Cristo) através de Seu trabalhar espiritual em nós, seus filhos: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8:29). Não só fomos predestinado para sermos a imagem do Seu filho, como também por meio de Cristo nos revestimos do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem Daquele que nos criou (Cl 3:10).
Kleydson J. G. Feio
OBS: Recomendo a conferência dos versículos citados.
Referência Bibliográfica:
A Bíblia.
Witness Lee. Life-Study of Genesis. Ed. Living Stream Ministry. Disponível em: http://www.ministrybooks.org/books.cfm?id=%23TU%2F%27%0A
Witness Lee. Life-Study of Exodus. Ed. Living Stream Ministry. Disponível em: http://www.ministrybooks.org/books.cfm?id=%23UE%2B%22%0A
quinta-feira, 15 de julho de 2010
O Mistério da Vida Humana
“E também disse Deus: Façamos o homem à Nossa imagem conforme a Nossa semelhança”
Alguma vez você já pensou porque vive neste mundo e qual o propósito de sua vida? Há seis chaves que desvenda este mistério.
1.O Plano de Deus
Deus deseja expressar-Se através do homem (Rm 8:29), por isso, Ele criou à Sua imagem (Gn 1:26). Tal como uma luva é feita à imagem da mão para conte a mão, também o homem foi feito à imagem de Deus para conte Deus. O homem pode expressar Deus, quando o recebe como seu conteúdo (2Co 4:7).
2. O Homem
Deus, para cumprir o Seu plano, criou o homem como um vaso (Rm 9:21-24). Este vaso tem três partes: corpo, alma e espírito (1 Ts5:23). O corpo contata e recebe o que pertence à esfera física. A alma, a faculdade mental, contata e recebe tudo o que diz respeito à esfera psicológica. E o espírito humano, a parte mais profunda do homem, foi feito para contatar e receber o próprio Deus (Jo 4:24). O homem foi criado não só para conter alimentos no estômago, ou para possui conhecimento na mente, mas também para conter Deus em seu espírito (Ef 5:18).
3. A Queda do Homem
Antes, porém, que o homem recebesse Deus como vida em seu espírito, o pecado entrou no homem (Rm 5:12). O pecado mortificou o seu espírito (Ef 2:1), tornou o homem inimigo de Deus em sua mente (Cl 1:21) e transmutou o seu corpo em carne pecaminosa (Gn 6:3; Rm 6:12). Desta forma, o pecado danificou as três partes do homem, afastando-o de Deus. Nesta condição, o homem não poderia receber Deus.
4. A Redenção de Cristo para o Dispensar de Deus
No entanto, queda do homem não impediu Deus de cumprir o Seu plano original. Assim, para cumprir o Seu plano, (Jo 1:1, 14). Então, Cristo morreu na cruz para redimir o homem (Ef 1:7), removendo o seu pecado (Jo 1:29) e trazendo-o novamente a Deus (Ef 2:13). Finalmente, em ressurreição, Ele tornou-se o Espírito que dá vida (1Co 15:45b) para dispensar a Sua vida insondavelmente rica ao espírito do homem (Jo 20:22; 3:6).
4. A Redenção de Cristo para o Dispensar de Deus
No entanto, queda do homem não impediu Deus de cumprir o Seu plano original. Assim, para cumprir o Seu plano, (Jo 1:1, 14). Então, Cristo morreu na cruz para redimir o homem (Ef 1:7), removendo o seu pecado (Jo 1:29) e trazendo-o novamente a Deus (Ef 2:13). Finalmente, em ressurreição, Ele tornou-se o Espírito que dá vida (1Co 15:45b) para dispensar a Sua vida insondavelmente rica ao espírito do homem (Jo 20:22; 3:6).
5. A Regeneração do Homem
Uma vez que Cristo se tornou o Espírito que dá vida, o homem agora, pode receber a vida de Deus em seu espírito. A Bíblia chama este fato de regeneração (1Pe 1:3; Jo 3:3). Para receber essa vida, o homem precisa se arrepender para com Deus e crer no Senhor Jesus Cristo (At 20:21; 16:31).
Para ser regenerado, vá simplesmente ao Senhor com um coração aberto e honesto e diga-lhe:
Senhor Jesus, eu sou um pecador e preciso de Ti. Obrigado por morreres por mim. Senhor Jesus perdoa-me. Purifica-me de todos os meus pecados. Eu creio que ressuscitaste dos mortos. Eu Te recebo agora mesmo como meu Salvador e como minha vida! Senhor Jesus, consagro-me a Ti e para o Teu propósito.
6. A Plena Salvação de Deus
Após ser regenerado, o crente tem de ser batizado (Mc 16:16). Então, Deus começa o processo, que dura a vida toda, de Se expandir, como vida, do espírito do crente para a sua alma (Ef3:17). Esse processo, chamado transformação (Rm 12:2), requer cooperação humana (Fp 2:12), ou seja, o crente coopera permitindo que o Senhor Se expanda para a sua alma até que todos os seus desejos, pensamentos e decisões se tornem um com os de Cristo. Finalmente, quando Cristo regressar, Deus saturará o corpo dos crentes com a Sua vida. Isso é a glorificação (Fp 3:21). Assim, em vez de o homem permanecer vazio e de ter cada uma das suas partes danificadas, o homem é enchido e saturado com a vida de Deus. Essa é a salvação plena de Deus! O Homem pode agora expressar Deus, cumprindo o Seu plano!
Referência Bibliográfica:
Living Stream Ministry. www.lsm.org
sexta-feira, 4 de junho de 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Porque preferimos nossos lares e não um salão:
Amados (as) Santos (as);
Este excerto sobre o reunir nos lares/casas é apropriado para compreendermos com todos os santos o amor de Cristo que excede todo o entendimento "E, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade" (Ef 3.17-18).
Como princípio bíblico, de fato, é importanto para entendermos o motivo de reunir nas casas. Os grandes ajuntamentos públicos NUNCA foram regra geral da maneira de reunir no Novo testamento, e sim exceção!!!. Infelizmente, hoje, a maioria dos Cristãos dão mais atenção a exceção do que a regra geral!. Preferem dar mais atenção a impessoalidade e formalidade proporcionado pelos grandes ajuntamentos da eklessia, do que o ambiente acolhedor e caloroso da esfera familiar caseira. No ambiente formal dos prédios e auditórios, onde o relacionamento da assembléia se torna unidirecional, ou seja, do pulpito para a platéia, dos líderes para os liderados. As casas/lares, de fato, destroem toda e qualquer hierarquia!. Portanto, vários cristãos hoje preferem reunir nas casas do que em salões. O conteúdo dá uma ênfase maior em reunir nos lares, chegando ao ponto de muitos PERDEREM COMPLETAMENTE o interesse pelos ajuntamentos em Locais de Reuniões. Vai da necessidade da igreja os grandes ajuntamentos, e de qualquer forma o texto está de acordo com a Economia de Deus!!!, e assim, a Igreja parece mais Igreja.
Na Comunhão do Corpo,
Kleydson Feio
Porque preferimos nossos lares e não um salão:
Alguma vez já lhe perguntaram: "Que igreja você frequenta?". Esta pergunta é muito comum hoje em dia, de modo especial entre cristãos. No entanto, esta pergunta em si toca uma nota significativa no propósito de Deus. Considere você a seguinte situação:
Suponhamos que no lugar onde você trabalha, um novo empregado foi recentemente contratado. Ao falar com ele, você se intera de que é cristão. Quando lhe pergunta a que igreja vai, ele lhe responde dizendo: —Eu frequento uma igreja que se congrega numa casa. Ao escutar sua resposta, que pensamentos percorrem tua mente? Pensa você: "Bom, isso é bastante estranho —este tipo deve ser um desajustado religioso ou alguma classe de proscrito emocional." Ou: "Talvez faça parte de alguma seita estranha ou de algum excêntrico grupo marginal." Ou: "Este cara deve ser orientado —porque não frequenta uma igreja regular?" Ou: "Seguramente este tipo tem de ser algum grupo rebelde; provavelmente é incapaz de submeter-se, caso contrário estaria frequentando uma igreja normal —você sabe, aqueles que congregam em um edifício."
Desafortunadamente, estes são os pensamentos que passam pela mente de muitos cristãos modernos, ao se depararem com a idéia de uma ‘reunião de igreja caseira’. Mas aqui está o ponto central: o lugar de reunião desse novo empregado era exatamente o mesmo de todos os cristãos mencionados no Novo Testamento! De fato, durante os primeiros três séculos desde seu nascimento, as igrejas locais se reuniam nos lares de seus membros. Robert Banks, erudito neotestamentário, faz esta observação:
Considerando pequenas reuniões de apenas alguns cristãos numa cidade, como reuniões maiores que compreendiam toda a população cristã, era no lar de um dos membros onde se tinha a ‘ekklesía’ —por exemplo no ‘terraço’. Apenas depois de passados três séculos é que temos evidência da construção de edifícios especiais para as reuniões cristãs (Paul’s Idea of Community /O conceito que Paulo tinha da comunidade/).
O lugar que os cristãos primitivos usavam normalmente para reunir-se não era outro senão suas casas. Qualquer outra coisa seria exceção e, com toda segurança, seria algo fora do comum. Note você as passagens seguintes:
...E (os que tinham crido, partiam) o pão NAS CASAS .. (atos 2:46)
E Saulo assolava a IGREJA, invadindo CASA por CASA... (Atos 8:3)
...Mesmo assim nunca fugi de falar a verdade a vocês, tanto publicamente como NAS SUAS CASAS... (Atos
20:20)
Saudai a Priscila e a Áquila, meus colaboradores em Cristo Jesus... Saudai também à IGREJA de sua CASA... (Romanos 16:3 e 5)
As igrejas de Ásia vos saúdam. Áquila e Priscila, com a IGREJA que está em sua CASA, saúdam-vos muito no Senhor. (1 Coríntios 16:19)
Saudai aos irmãos que estão em Laodicéa, a Ninfas e à IGREJA que está em sua CASA. (Colossenses 4:15)
...E à amada irmã Apia, e a Arquipo nosso colega de milícia, e à IGREJA que está em tua CASA. (Filemom 2)
Se alguém vem a vocês e não traz esta doutrina, não o recebais em CASA, nem lhe digais: Bem-vindo! (2 João 10)
Estes textos bíblicos demonstram amplamente que, normalmente, a igreja primitiva se reunia nos hospitaleiros lares de seus membros (vide também Atos 2:2; 9:11; 10:32; 12:12; 16:15, 34 e 40; 17:5; 18:7; 21:8).
Portanto, os crentes do primeiro século não sabiam nada a respeito do equivalente a um edifício de ‘igreja’ de hoje. Também não sabiam nada a respeito de casas convertidas em basílicas, com bancos fixos de madeira dura, com um púlpito acompanhando o mobiliário da salão. Se tais coisas são comuns no século vinte, as mesmas eram estranhas para os crentes do primeiro século. Os cristãos primitivos simplesmente se congregavam em casas, em habitações comuns e normais. Assim, pois, o Novo Testamento não conhece nada parecido com ‘edifícios/igrejas’. Conhece a ‘igreja caseira’ (não significa que a casa é a igreja, mas que os santos que estão na casa são membros da igreja na cidade).
Que fazia a igreja primitiva quando tornava-se demasiado grande para congregar-se numa só casa? Não erigia um edifício, mas simplesmente se ‘multiplicava’ e se reunia em várias casas, seguindo o princípio ‘nas casas’ (Atos 2:46; 20:20). Neste aspecto, a erudição neotestamentária concorda hoje em que a igreja primitiva era essencialmente uma rede de congregações baseadas em lares. Portanto, se existe algo considerado como igreja normal, esse algo é a igreja que se reúne numa casa. Ou como um autor expressou: "Se há uma forma neotestamentária da igreja, é a igreja caseira."
Não obstante, alguns argumentam dizendo que os cristãos primitivos teriam erigido edifícios especiais, se não estivessem sob perseguição; portanto, reuniam-se em lares para esconderem-se de seus perseguidores. Embora tal idéia seja algo popular, é baseada em pura conjectura e se conforma pobremente com a evidência histórica. Bill Grimes, no livro de Steve Atkerson, cristaliza este ponto dizendo:
Muitos descartam as igrejas caseiras primitivas como resultado de perseguição. No entanto, qualquer livro da história da igreja terá de revelar que a perseguição anterior ao ano 250 era esporádica, local (não generalizada) e normalmente mais resultante da hostilidade do populacho do que de um decreto oficial romano. Assim, este mito da ‘perseguição’ distoa das Escrituras. Atos 2:46 , 47 descreve as reuniões caseiras num tempo em que "a cidade inteira tinha simpatia com eles". Quando eclodiu a perseguição, o fato deles se reunirem nas casas não impediu Saulo de saber exatamente onde ir para prender os crentes (Atos 8:3). Obviamente eles não mantinham segredo sobre o local onde se reuniam (Toward a House Church Theology /Por uma teologia da igreja caseira/).
Se lemos o Novo Testamento com a intenção de entender como os cristãos do primeiro século se relacionavam uns com os outros, descobriremos que se reuniam em suas casas por razões que estão em harmonia com seus princípios espirituais. Assim, estas razões são aplicáveis a nós hoje com tanta pertinência como eram aos primeiros cristãos. Vejamos aqui algumas delas.
(1) O Lar é o Ambiente Natural para a Relação Mútua
Todas as instruções que os apóstolos deram com respeito à reunião eclesial, encaixam melhor no ambiente do pequeno grupo caseiro. As práticas eclesiais apostólicas regulamentares, como a participação mútua (Hebreus 10:24, 25); o exercício dos dons de cada membro (1 Coríntios 14:26); a mútua edificação, os irmãos costituindo uma comunidade em contato direto, intencional (Efésios 2:21, 22); a refeição comunal (1 Coríntios 11); a transparência e a responsabilidade sinceras dos membros uns para outros (Romanos 15:14; Gálatas 6:1, 2; Tiago 5:16, 19, 20); a liberdade de perguntar e do diálogo interativo (1 Coríntios 14:29-40); e a koinwníiva /koinonía/ (vida compartilhada) do Espírito orientada para a liberdade (2 Coríntios 3:17; 13:14), todas operam melhor num ambiente de grupo pequeno tal como uma casa.
Em suma, as mais de cinquenta exortações envolvendo "uns aos outros" que há no Novo Testamento não podem ser obedecidas e levadas para o campo da prática devidamente, a não ser em um ambiente caseiro. Por esta razão, a reunião eclesial caseira conduz eminentemente à realização do propósito eterno de Deus —um propósito centrado na "edificação conjunta" de um Corpo na semelhança do Ungido (Efésios 2:19-22).
(2) O Lar Representa a Singeleza da Vida cristã
O lar representa humildade, naturalidade e singeleza de coração — as características sobressalentes da igreja primitiva (Atos 2:46; 2 Coríntios 11:3). O lar (falando tipicamente) é um lugar bem mais humilde do que os imponentes edifícios religiosos de nossos dias, com suas elevadas torres, elegantes decorações e espaçosas naves. Deste modo, a maioria dos modernos edifícios da ‘igreja’ parecem refletir mais a ostentação deste mundo, do que o manso e humilde Salvador cujo nome levamos.
Por contraste, os cristãos primitivos tentavam atrair a atenção para seu Senhor Ressuscitado, bem mais do que para si mesmos ou para suas próprias realizações. Além disso, normalmente, os gastos gerais de um edifício religioso representam muita perda financeira aos irmãos. Seriam mais generosas suas mãos para sustentar obreiros apostólicos (missionários) e para ajudar aos pobres se não tivessem que levar um ônus tão pesado.
(3) O Lar Reflete a Natureza Familiar da Igreja
Há uma afinidade natural entre a reunião caseira e o motivo familiar da igreja que satura os escritos de Paulo. Pelo lar ser o ambiente natural da família, o mesmo proporciona uma atmosfera familiar à ejkklesiiva /ekklesia/ —essa mesma atmosfera que saturava a vida dos cristãos primitivos. Em contraste, o ambiente artificial proporcionado pelo edifício eclesiástico promove um clima impessoal que, por sua vez, inibe a intimidade e a responsabilidade. O edifício eclesiástico convencional produz uma verdadeira rigidez sofocante que é contrária à grata atmosfera extraoficial da reunião caseira. Ademais, é bem fácil ‘perder-se’ num vasto e complexo edifício.
Devido à natureza espaçosa e remota da igreja basílica, não é difícil que as pessoas passem desapercebidas —ou pior, ocultas em seus pecados. No lar não é assim. Todas nossas falhas aparecem ali —e com razão é assim. Na reunião cada um é reconhecido, aceito, alentado e ajudado. Além disso, a maneira formal como as coisas são feitas numa igreja basílica, tende a desanimar a correspondência e espontaneidade mútuas que caracterizavam às reuniões eclesiais primitivas. Por exemplo, se você se esforça em interpretar a arquitetura de um típico edifício de igreja, descobrirá que efetivamente o mesmo ensina que a igreja é passiva. A estrutura interior do edifício não foi desenhada para que haja comunicação interpessoal, coesão social, ministério mútuo ou confraternização. Pelo contrário, está desenhada para uma rígida comunicação unidirecional —púlpito para banco, líder para congregação.
Nesse aspecto, o típico edifício de ‘igreja’ não é diferente de um salão de conferências ou de um cinema. A congregação se encontra cuidadosamente acomodada em bancos (ou poltronas) para ver e escutar o pastor (ou sacerdote) que fala desde o púlpito. O público fixa sua atenção num só ponto —o líder clerical e seu púlpito. (Nas igrejas litúrgicas, a mesa/altar toma o lugar do púlpito como ponto central de referência.) Além disso, o lugar onde se sentam o pastor e sua junta, normalmente é mais elevado do que os assentos da congregação. Semelhante arranjo não só reforça o abismo que separa clero e leigo, como também nutre a mentalidade de ‘espectador’ que aflige à maior parte do Corpo do Ungido hoje em dia. Com respeito a isto W.J. Pethybridge observa sagazmente:
Na reunião de um pequeno grupo que tem lugar na amistosa união de um lar, todos podem conhecer-se mutuamente e as relações são mais reais e menos formais. Um número menor de pessoas torna possível que todos tomem parte ativa na reunião, e assim todo o Corpo de Cristo presente pode funcionar... Ter um edifício especial para reuniões, quase sempre entranha a idéia de uma pessoa especial como ministro, o que resulta num ‘ministério de um só homem’ e impede o pleno exercício do sacerdócio de todos os crentes (The Lost Secret of The Early Church /O segredo perdido da igreja primitiva/).
Então, parece claro que os cristãos primitivos tinham suas reuniões caseiras para expressar o caráter da vida da igreja. Isto é, reuniam-se nas suas casas para alentar a dimensão familiar de sua adoração, comunhão e ministério mútuo. As reuniões celebradas no lar faziam de forma natural com que os santos sentissem que os interesses da igreja eram seus próprios interesses. Isso fomentava um sentido de união entre eles mesmos e a igreja, em vez de distanciá-los dela (como ocorre com tanta freqüência hoje em dia —onde os membros vão à igreja como espectadores remotos, bem mais do que como participantes ativos).
Em suma, a reunião eclesial caseira proporcionava aquelas conexões e relações profundamente arraigadas típicas da ekklesia. O espírito da reunião baseada no lar proporcionava aos santos uma atmosfera do tipo familiar, na qual ocorria o verdadeiro companheirismo de conviver ombro com ombro, em contato direto e em completo acordo.
Produzia um clima que fomentava a sincera comunicação, a coesão espiritual e a comunhão sem reservas —traços indispensáveis para a plena experiência e florecimento da koinwniiva /koinonia/ (comunhão compartilhada) do Espírito Santo para a qual fomos destinados. Em todas estas formas, a reunião eclesial caseira não apenas é fundamentalmente bíblica, como também difere vividamente do serviço religioso moderno de estilo púlpito-banco, onde os crentes se vêem forçados a se confraternizar durante uma hora ou duas com a nuca de alguns. Em sua análise com respeito ao lugar de reunião da igreja, Watchman Nee faz a seguinte observação:
Em nossas congregações de hoje devemos retornar ao princípio do ‘sobrado’. O térreo é um lugar para negócios, um lugar onde os homens vêm e vão; mas há mais de atmosfera caseira no aposento superior, onde as reuniões dos filhos de Deus são tratativas familiares. øULTIMA-A Jantar teve lugar num aposento alto, assim mesmo Pentecostés, e uma vez mais assim mesmo a reunião [de Troas]. Deus quer a intimidade do ‘aposento alto’ para marcar as reuniões de seus filhos, não a rígida formalidade de um imponente edifício público. É por isso que na Palavra de Deus encontramos que seus filhos se reúnem na atmosfera familiar de um lar privado... devemos tratar de fomentar as reuniões nos lares dos cristãos... os lares dos irmãos satisfarão quase sempre as necessidades das reuniões eclesiais (The Normal Christian Church Life /A vida eclesial cristã normal/.)
(4) O Lar Modela a Autenticidade Espiritual
Vivemos num tempo em que muita gente, de modo especial a juventude, está procurando autenticidade espiritual. Para muitos desses jovens, as igrejas que se congregam em anfiteatros, em catedrais de cristal e em edifícios majestosos com torres de marfim, parecem superficiais e frívolas. Por contraste, a igreja que se congrega num lar, serve como um frutífero depoimento da realidade espiritual, em especial aos inconversos que são céticos respeito daquelas instituições religiosas que equiparam edifícios encantadores e orçamentos de muitos milhões de dólares com projetos bem sucedidos.
Muitos inconversos não assistirão a um moderno serviço religioso celebrado numa igreja basílica, espera-se que os que assistem, vistam roupa ‘de marca’ para a função. Mas com freqüência não se sentirão ameaçados nem inibidos de reunir-se na comodidade natural da casa de alguém, onde podem ser ‘eles mesmos’. A atmosfera informal do lar, em contraste com um edifício eclesiástico, é bem mais atraente para eles. Quiçá esta seja outra razão do por que os cristãos primitivos preferiam o singelo ambiente de uma casa para adorar a seu Senhor, mais do que erigir santuários, capelas e sinagogas, como faziam as demais religiões de seu tempo. Ironicamente, muitos cristãos modernos crêem que se uma igreja não possui um bom edifício, seu depoimento ao mundo será de algum modo inibido e seu crescimento ficará entorpecido. Mas nada poderia estar mais longe da verdade. Comentando o fato da igreja primitiva não começar a construir edifícios até o terceiro século, Howard Snyder observa:
...Pode ser que os edifícios sejam bons para qualquer outra coisa, mas não são essenciais nem para o crescimento numérico nem para alcançar profundidade espiritual. A igreja primitiva possuía estas duas qualidades, e até tempos recentes o período de maior vitalidade e crescimento da igreja foi durante os primeiros dois séculos depois de Cristo. Em outras palavras, a igreja cresceu mais rápido que nunca quando não teve a ajuda —ou impedimento— dos edifícios eclesiásticos (The Problem of Wineskins /O problema dos odres/, usado com licença do autor).
(5) O lar atesta que o povo constitui a casa de Deus
Com freqüência se associa a noção contemporânea de ‘igreja’ com um edifício (comumente chamado "santuário"). No entanto, segundo a Bíblia, é nos crentes que a vida de Deus faz morada, aquilo que se chama "a casa de Deus", não é tijolo nem cimento. Enquanto no judaísmo o templo foi o lugar de reunião consagrado, no cristianismo é a comunidade de crentes que constitui o templo.
A localização espacial da reunião cristã primitiva ia diretamente contra os costumes religiosos do primeiro século. Os judeus tinham designado edifícios para sua adoração corporativa (sinagogas), assim como os pagãos faziam (santuários). Assim, tanto o judaísmo como o paganismo ensinam que deve haver um lugar consagrado para a adoração divina. Mas não é assim com o cristianismo. No primeiro século, a igreja primitiva era o único grupo que se reunia exclusivamente em lares. Embora teria sido muito natural se eles seguissem sua herança judia e erigissem edifícios que fossem apropriados para suas necessidades, eles se abstiveram de fazer isso. Quiçá os crentes primitivos conheciam a confusão que os edifícios consagrados teriam de produzir, e portanto, abstinham-se de erigí-los para preservar a afirmação de que o povo constituía as pedras vivas que formam a habitação de Deus.
Conclusão
O que dissemos até aqui pode ser reduzido a esta simples mas profunda observação: a localização social da reunião eclesial expressa o caráter da igreja e, ao mesmo tempo, exerce influência sobre ela. Portanto, a localização espacial da igreja tem um significado teológico. No típico ‘santuário’ ou ‘capela’, o púlpito, os bancos (ou assentos) e o espaço condensado respiram um ar formal que inibe a interação e a afinidade. Por contraste, as características peculiares de um lar —a baixa quantidade de cadeiras para sentar-se, a atmosfera casual, o ambiente de convivência para alimentos compartilhados, o espaço personalizado de sofás macios, etc.— contêm um subtexto relacional que beneficia o ministério mútuo.
Expresso em forma simples, a igreja primitiva se reunia nas casas de seus membros por razões espiritualmente viáveis. E a moderna igreja basílica agride essas razões. Com respeito a estas características da reunião eclesial caseira, Howard Snyder observa sagazmente:
Provavelmente as igrejas caseiras foram a forma mais comum de organização social cristã de toda a história da igreja... Independente do que pudéssemos pensar, se simplesmente olharmos ao redor de nós aqui, veremos centenas de milhares de igrejas caseiras cristãs existentes hoje na América do Norte, América do Sul, Europa, China, Austrália, Europa Oriental, e em muitos outros lugares ao redor do mundo. Em certo sentido, são uma igreja subterrânea, e como tal, representam uma corrente oculta da história da igreja. Mas mesmo sendo oculta, e na maior parte dos lugares não sendo a forma culturalmente dominante, provavelmente estas igrejas caseiras representem o maior número de cristãos em todo mundo ... O Novo Testamento nos ensina que a igreja é uma comunidade em que todos têm dons e todos têm um ministério. Como o ensinam as Escrituras, a igreja é uma nova realidade social que modela e encarna o respeito e a solicitação pela pessoa que vemos no próprio Jesus. Este é nosso elevado apelo. E no entanto, com freqüência, a igreja, de fato, trai este apelo. As igrejas caseiras constituem uma parte importante para escapar desta traição e deste paradoxo. Uma comunidade que está em contato direto uns com outros, engendra mútuo respeito, responsabilidade mútua, submissão mútua e ministério mútuo. A sociologia da igreja caseira fomenta um sentido de igualdade e de mútua dignidade, ainda que a mesma não a garanta, como mostra a igreja de Corinto... No modelo da igreja caseira, a igualdade e o ministério mútuo não são resultado de algum programa nem de um processo educacional; são inerentes à própria forma da igreja. Porque na igreja caseira todos são apreciados e conhecidos —todos têm um lugar por definição. A igreja caseira proporciona um ambiente de solicitação e estímulo mútuos que tende a fomentar uma ampla gama de dons e ministérios. Os princípios neotestamentários do sacerdócio dos crentes, dos dons do Espírito e do ministério mútuo se acham mais naturalmente neste contexto informal... As igrejas caseiras são revolucionárias porque encarnam este ensino radical de que todos têm dons e todos são ministros. Oferecem alguma esperança de sanar o Corpo do Ungido de algumas de suas piores heresias: de que alguns crentes são mais valiosos do que outros, de que apenas alguns cristãos são ministros e de que os dons do Espírito já não funcionam em nossa era. Estas heresias não podem ser sanadas apenas na teoria ou na teologia. Devem ser sanadas na prática, na relação e na forma social da igreja. (Tomado de uma dissertação titulada "Why House Churches Today? /Para que igrejas caseiras hoje?/", apresentada no Seminário Teológico Fuller em 24 de fevereiro de 1996. Usado com licença do autor.)
Enquanto o lugar de reunião normativo para a igreja neotestamentária era claramente o lar, isto não sugere que nunca é apropriado que uma igreja se reúna num local que não seja um lar. Em ocasiões especiais, quando era necessário que "toda a igreja" se reunisse, a igreja de Jerusalém se reunia em predios extensos como os átrios abertos do templo e o pórtico de Salomão (Atos 2:46a; 5:12). Mas semelhantes reuniões de grupos numerosos não rivalizavam com a localização normativa da reunião eclesial regular, que era a casa (Atos 2:46b). Nem também representam um precedente bíblico para que os cristãos erigissem seus próprios edifícios. (Os prédios do templo e o pórtico de Salomão eram lugares públicos, ao ar livre, que já existiam antes que aparecessem os primeiros cristãos).
Esses recintos para grupos grandes simplesmente acomodavam "toda a igreja" quando era necessário congregá-la para um propósito em particular Nos primeiros dias da existência da igreja, os apóstolos os usavam para ter reuniões de ensino especiais para o vasto número de crentes e inconversos em Jerusalém (Atos 3:11-26; 5:20, 21, 25,42). (Aqueles casos onde vemos apóstolos indo até à sinagoga, não devem ser confundidos com reuniões da igreja. Tratava-se de reuniões evangelísticas destinadas a pregar o evangelho aos judeus inconversos. Enquanto a reunião eclesial é principalmente para a edificação dos crentes, a reunião evangelística é principalmente para a salvação dos inconversos.
Talvez o Espírito Santo conduza, ou guie, de vez em quando, alguns para congregar-se num edifício. Mas o Espírito só fará isso se verdadeiramente convir aos propósitos do Senhor, se for dirigido mais pelo bem do que pelo zelo, energia e maquinário publicitário humanos, como tão freqüêntemente ocorre. Portanto, devemos guardar-nos contra a tendência carnal de praticar algo simplesmente porque pode representar a última moda do dia. Que o Senhor nos guarde de cair no perigo da antiga Israel quando a esmo "seguiram as práticas das nações"! Não obstante, não há algo que tenhamos de adotar da prática apostólica de reunir-se em casas? Não deveriam ser as reuniões da igreja nas casas mais regra do que exceção, devido aos benefícios vinculados a elas?
Ainda que apenas por isto, não deveríamos arrepender-nos de nossa crítica carnal e injustificado temor dessas igrejas que se reúnem exclusivamente em casas, às quais condenamos erradamente a uma posição subnormal? Que Deus nos livre de adotar insensatamente o atual complexo de edifício porque é o convencional que se tem de fazer.
Tendo examinado a evidência bíblica, a pergunta que fica na nossa mente com respeito à localização da reunião eclesial, não deve ser: "Por que alguns se reúnem em lares?", mas: "Por que muitos não se reúnem em lares?"
Referência Bibliografica:
Viola, Frank. Reconciderando o Odre. www.editorarestauracao.com.br
Este excerto sobre o reunir nos lares/casas é apropriado para compreendermos com todos os santos o amor de Cristo que excede todo o entendimento "E, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade" (Ef 3.17-18).
Como princípio bíblico, de fato, é importanto para entendermos o motivo de reunir nas casas. Os grandes ajuntamentos públicos NUNCA foram regra geral da maneira de reunir no Novo testamento, e sim exceção!!!. Infelizmente, hoje, a maioria dos Cristãos dão mais atenção a exceção do que a regra geral!. Preferem dar mais atenção a impessoalidade e formalidade proporcionado pelos grandes ajuntamentos da eklessia, do que o ambiente acolhedor e caloroso da esfera familiar caseira. No ambiente formal dos prédios e auditórios, onde o relacionamento da assembléia se torna unidirecional, ou seja, do pulpito para a platéia, dos líderes para os liderados. As casas/lares, de fato, destroem toda e qualquer hierarquia!. Portanto, vários cristãos hoje preferem reunir nas casas do que em salões. O conteúdo dá uma ênfase maior em reunir nos lares, chegando ao ponto de muitos PERDEREM COMPLETAMENTE o interesse pelos ajuntamentos em Locais de Reuniões. Vai da necessidade da igreja os grandes ajuntamentos, e de qualquer forma o texto está de acordo com a Economia de Deus!!!, e assim, a Igreja parece mais Igreja.
Na Comunhão do Corpo,
Kleydson Feio
Porque preferimos nossos lares e não um salão:
Alguma vez já lhe perguntaram: "Que igreja você frequenta?". Esta pergunta é muito comum hoje em dia, de modo especial entre cristãos. No entanto, esta pergunta em si toca uma nota significativa no propósito de Deus. Considere você a seguinte situação:
Suponhamos que no lugar onde você trabalha, um novo empregado foi recentemente contratado. Ao falar com ele, você se intera de que é cristão. Quando lhe pergunta a que igreja vai, ele lhe responde dizendo: —Eu frequento uma igreja que se congrega numa casa. Ao escutar sua resposta, que pensamentos percorrem tua mente? Pensa você: "Bom, isso é bastante estranho —este tipo deve ser um desajustado religioso ou alguma classe de proscrito emocional." Ou: "Talvez faça parte de alguma seita estranha ou de algum excêntrico grupo marginal." Ou: "Este cara deve ser orientado —porque não frequenta uma igreja regular?" Ou: "Seguramente este tipo tem de ser algum grupo rebelde; provavelmente é incapaz de submeter-se, caso contrário estaria frequentando uma igreja normal —você sabe, aqueles que congregam em um edifício."
Desafortunadamente, estes são os pensamentos que passam pela mente de muitos cristãos modernos, ao se depararem com a idéia de uma ‘reunião de igreja caseira’. Mas aqui está o ponto central: o lugar de reunião desse novo empregado era exatamente o mesmo de todos os cristãos mencionados no Novo Testamento! De fato, durante os primeiros três séculos desde seu nascimento, as igrejas locais se reuniam nos lares de seus membros. Robert Banks, erudito neotestamentário, faz esta observação:
Considerando pequenas reuniões de apenas alguns cristãos numa cidade, como reuniões maiores que compreendiam toda a população cristã, era no lar de um dos membros onde se tinha a ‘ekklesía’ —por exemplo no ‘terraço’. Apenas depois de passados três séculos é que temos evidência da construção de edifícios especiais para as reuniões cristãs (Paul’s Idea of Community /O conceito que Paulo tinha da comunidade/).
O lugar que os cristãos primitivos usavam normalmente para reunir-se não era outro senão suas casas. Qualquer outra coisa seria exceção e, com toda segurança, seria algo fora do comum. Note você as passagens seguintes:
...E (os que tinham crido, partiam) o pão NAS CASAS .. (atos 2:46)
E Saulo assolava a IGREJA, invadindo CASA por CASA... (Atos 8:3)
...Mesmo assim nunca fugi de falar a verdade a vocês, tanto publicamente como NAS SUAS CASAS... (Atos
20:20)
Saudai a Priscila e a Áquila, meus colaboradores em Cristo Jesus... Saudai também à IGREJA de sua CASA... (Romanos 16:3 e 5)
As igrejas de Ásia vos saúdam. Áquila e Priscila, com a IGREJA que está em sua CASA, saúdam-vos muito no Senhor. (1 Coríntios 16:19)
Saudai aos irmãos que estão em Laodicéa, a Ninfas e à IGREJA que está em sua CASA. (Colossenses 4:15)
...E à amada irmã Apia, e a Arquipo nosso colega de milícia, e à IGREJA que está em tua CASA. (Filemom 2)
Se alguém vem a vocês e não traz esta doutrina, não o recebais em CASA, nem lhe digais: Bem-vindo! (2 João 10)
Estes textos bíblicos demonstram amplamente que, normalmente, a igreja primitiva se reunia nos hospitaleiros lares de seus membros (vide também Atos 2:2; 9:11; 10:32; 12:12; 16:15, 34 e 40; 17:5; 18:7; 21:8).
Portanto, os crentes do primeiro século não sabiam nada a respeito do equivalente a um edifício de ‘igreja’ de hoje. Também não sabiam nada a respeito de casas convertidas em basílicas, com bancos fixos de madeira dura, com um púlpito acompanhando o mobiliário da salão. Se tais coisas são comuns no século vinte, as mesmas eram estranhas para os crentes do primeiro século. Os cristãos primitivos simplesmente se congregavam em casas, em habitações comuns e normais. Assim, pois, o Novo Testamento não conhece nada parecido com ‘edifícios/igrejas’. Conhece a ‘igreja caseira’ (não significa que a casa é a igreja, mas que os santos que estão na casa são membros da igreja na cidade).
Que fazia a igreja primitiva quando tornava-se demasiado grande para congregar-se numa só casa? Não erigia um edifício, mas simplesmente se ‘multiplicava’ e se reunia em várias casas, seguindo o princípio ‘nas casas’ (Atos 2:46; 20:20). Neste aspecto, a erudição neotestamentária concorda hoje em que a igreja primitiva era essencialmente uma rede de congregações baseadas em lares. Portanto, se existe algo considerado como igreja normal, esse algo é a igreja que se reúne numa casa. Ou como um autor expressou: "Se há uma forma neotestamentária da igreja, é a igreja caseira."
Não obstante, alguns argumentam dizendo que os cristãos primitivos teriam erigido edifícios especiais, se não estivessem sob perseguição; portanto, reuniam-se em lares para esconderem-se de seus perseguidores. Embora tal idéia seja algo popular, é baseada em pura conjectura e se conforma pobremente com a evidência histórica. Bill Grimes, no livro de Steve Atkerson, cristaliza este ponto dizendo:
Muitos descartam as igrejas caseiras primitivas como resultado de perseguição. No entanto, qualquer livro da história da igreja terá de revelar que a perseguição anterior ao ano 250 era esporádica, local (não generalizada) e normalmente mais resultante da hostilidade do populacho do que de um decreto oficial romano. Assim, este mito da ‘perseguição’ distoa das Escrituras. Atos 2:46 , 47 descreve as reuniões caseiras num tempo em que "a cidade inteira tinha simpatia com eles". Quando eclodiu a perseguição, o fato deles se reunirem nas casas não impediu Saulo de saber exatamente onde ir para prender os crentes (Atos 8:3). Obviamente eles não mantinham segredo sobre o local onde se reuniam (Toward a House Church Theology /Por uma teologia da igreja caseira/).
Se lemos o Novo Testamento com a intenção de entender como os cristãos do primeiro século se relacionavam uns com os outros, descobriremos que se reuniam em suas casas por razões que estão em harmonia com seus princípios espirituais. Assim, estas razões são aplicáveis a nós hoje com tanta pertinência como eram aos primeiros cristãos. Vejamos aqui algumas delas.
(1) O Lar é o Ambiente Natural para a Relação Mútua
Todas as instruções que os apóstolos deram com respeito à reunião eclesial, encaixam melhor no ambiente do pequeno grupo caseiro. As práticas eclesiais apostólicas regulamentares, como a participação mútua (Hebreus 10:24, 25); o exercício dos dons de cada membro (1 Coríntios 14:26); a mútua edificação, os irmãos costituindo uma comunidade em contato direto, intencional (Efésios 2:21, 22); a refeição comunal (1 Coríntios 11); a transparência e a responsabilidade sinceras dos membros uns para outros (Romanos 15:14; Gálatas 6:1, 2; Tiago 5:16, 19, 20); a liberdade de perguntar e do diálogo interativo (1 Coríntios 14:29-40); e a koinwníiva /koinonía/ (vida compartilhada) do Espírito orientada para a liberdade (2 Coríntios 3:17; 13:14), todas operam melhor num ambiente de grupo pequeno tal como uma casa.
Em suma, as mais de cinquenta exortações envolvendo "uns aos outros" que há no Novo Testamento não podem ser obedecidas e levadas para o campo da prática devidamente, a não ser em um ambiente caseiro. Por esta razão, a reunião eclesial caseira conduz eminentemente à realização do propósito eterno de Deus —um propósito centrado na "edificação conjunta" de um Corpo na semelhança do Ungido (Efésios 2:19-22).
(2) O Lar Representa a Singeleza da Vida cristã
O lar representa humildade, naturalidade e singeleza de coração — as características sobressalentes da igreja primitiva (Atos 2:46; 2 Coríntios 11:3). O lar (falando tipicamente) é um lugar bem mais humilde do que os imponentes edifícios religiosos de nossos dias, com suas elevadas torres, elegantes decorações e espaçosas naves. Deste modo, a maioria dos modernos edifícios da ‘igreja’ parecem refletir mais a ostentação deste mundo, do que o manso e humilde Salvador cujo nome levamos.
Por contraste, os cristãos primitivos tentavam atrair a atenção para seu Senhor Ressuscitado, bem mais do que para si mesmos ou para suas próprias realizações. Além disso, normalmente, os gastos gerais de um edifício religioso representam muita perda financeira aos irmãos. Seriam mais generosas suas mãos para sustentar obreiros apostólicos (missionários) e para ajudar aos pobres se não tivessem que levar um ônus tão pesado.
(3) O Lar Reflete a Natureza Familiar da Igreja
Há uma afinidade natural entre a reunião caseira e o motivo familiar da igreja que satura os escritos de Paulo. Pelo lar ser o ambiente natural da família, o mesmo proporciona uma atmosfera familiar à ejkklesiiva /ekklesia/ —essa mesma atmosfera que saturava a vida dos cristãos primitivos. Em contraste, o ambiente artificial proporcionado pelo edifício eclesiástico promove um clima impessoal que, por sua vez, inibe a intimidade e a responsabilidade. O edifício eclesiástico convencional produz uma verdadeira rigidez sofocante que é contrária à grata atmosfera extraoficial da reunião caseira. Ademais, é bem fácil ‘perder-se’ num vasto e complexo edifício.
Devido à natureza espaçosa e remota da igreja basílica, não é difícil que as pessoas passem desapercebidas —ou pior, ocultas em seus pecados. No lar não é assim. Todas nossas falhas aparecem ali —e com razão é assim. Na reunião cada um é reconhecido, aceito, alentado e ajudado. Além disso, a maneira formal como as coisas são feitas numa igreja basílica, tende a desanimar a correspondência e espontaneidade mútuas que caracterizavam às reuniões eclesiais primitivas. Por exemplo, se você se esforça em interpretar a arquitetura de um típico edifício de igreja, descobrirá que efetivamente o mesmo ensina que a igreja é passiva. A estrutura interior do edifício não foi desenhada para que haja comunicação interpessoal, coesão social, ministério mútuo ou confraternização. Pelo contrário, está desenhada para uma rígida comunicação unidirecional —púlpito para banco, líder para congregação.
Nesse aspecto, o típico edifício de ‘igreja’ não é diferente de um salão de conferências ou de um cinema. A congregação se encontra cuidadosamente acomodada em bancos (ou poltronas) para ver e escutar o pastor (ou sacerdote) que fala desde o púlpito. O público fixa sua atenção num só ponto —o líder clerical e seu púlpito. (Nas igrejas litúrgicas, a mesa/altar toma o lugar do púlpito como ponto central de referência.) Além disso, o lugar onde se sentam o pastor e sua junta, normalmente é mais elevado do que os assentos da congregação. Semelhante arranjo não só reforça o abismo que separa clero e leigo, como também nutre a mentalidade de ‘espectador’ que aflige à maior parte do Corpo do Ungido hoje em dia. Com respeito a isto W.J. Pethybridge observa sagazmente:
Na reunião de um pequeno grupo que tem lugar na amistosa união de um lar, todos podem conhecer-se mutuamente e as relações são mais reais e menos formais. Um número menor de pessoas torna possível que todos tomem parte ativa na reunião, e assim todo o Corpo de Cristo presente pode funcionar... Ter um edifício especial para reuniões, quase sempre entranha a idéia de uma pessoa especial como ministro, o que resulta num ‘ministério de um só homem’ e impede o pleno exercício do sacerdócio de todos os crentes (The Lost Secret of The Early Church /O segredo perdido da igreja primitiva/).
Então, parece claro que os cristãos primitivos tinham suas reuniões caseiras para expressar o caráter da vida da igreja. Isto é, reuniam-se nas suas casas para alentar a dimensão familiar de sua adoração, comunhão e ministério mútuo. As reuniões celebradas no lar faziam de forma natural com que os santos sentissem que os interesses da igreja eram seus próprios interesses. Isso fomentava um sentido de união entre eles mesmos e a igreja, em vez de distanciá-los dela (como ocorre com tanta freqüência hoje em dia —onde os membros vão à igreja como espectadores remotos, bem mais do que como participantes ativos).
Em suma, a reunião eclesial caseira proporcionava aquelas conexões e relações profundamente arraigadas típicas da ekklesia. O espírito da reunião baseada no lar proporcionava aos santos uma atmosfera do tipo familiar, na qual ocorria o verdadeiro companheirismo de conviver ombro com ombro, em contato direto e em completo acordo.
Produzia um clima que fomentava a sincera comunicação, a coesão espiritual e a comunhão sem reservas —traços indispensáveis para a plena experiência e florecimento da koinwniiva /koinonia/ (comunhão compartilhada) do Espírito Santo para a qual fomos destinados. Em todas estas formas, a reunião eclesial caseira não apenas é fundamentalmente bíblica, como também difere vividamente do serviço religioso moderno de estilo púlpito-banco, onde os crentes se vêem forçados a se confraternizar durante uma hora ou duas com a nuca de alguns. Em sua análise com respeito ao lugar de reunião da igreja, Watchman Nee faz a seguinte observação:
Em nossas congregações de hoje devemos retornar ao princípio do ‘sobrado’. O térreo é um lugar para negócios, um lugar onde os homens vêm e vão; mas há mais de atmosfera caseira no aposento superior, onde as reuniões dos filhos de Deus são tratativas familiares. øULTIMA-A Jantar teve lugar num aposento alto, assim mesmo Pentecostés, e uma vez mais assim mesmo a reunião [de Troas]. Deus quer a intimidade do ‘aposento alto’ para marcar as reuniões de seus filhos, não a rígida formalidade de um imponente edifício público. É por isso que na Palavra de Deus encontramos que seus filhos se reúnem na atmosfera familiar de um lar privado... devemos tratar de fomentar as reuniões nos lares dos cristãos... os lares dos irmãos satisfarão quase sempre as necessidades das reuniões eclesiais (The Normal Christian Church Life /A vida eclesial cristã normal/.)
(4) O Lar Modela a Autenticidade Espiritual
Vivemos num tempo em que muita gente, de modo especial a juventude, está procurando autenticidade espiritual. Para muitos desses jovens, as igrejas que se congregam em anfiteatros, em catedrais de cristal e em edifícios majestosos com torres de marfim, parecem superficiais e frívolas. Por contraste, a igreja que se congrega num lar, serve como um frutífero depoimento da realidade espiritual, em especial aos inconversos que são céticos respeito daquelas instituições religiosas que equiparam edifícios encantadores e orçamentos de muitos milhões de dólares com projetos bem sucedidos.
Muitos inconversos não assistirão a um moderno serviço religioso celebrado numa igreja basílica, espera-se que os que assistem, vistam roupa ‘de marca’ para a função. Mas com freqüência não se sentirão ameaçados nem inibidos de reunir-se na comodidade natural da casa de alguém, onde podem ser ‘eles mesmos’. A atmosfera informal do lar, em contraste com um edifício eclesiástico, é bem mais atraente para eles. Quiçá esta seja outra razão do por que os cristãos primitivos preferiam o singelo ambiente de uma casa para adorar a seu Senhor, mais do que erigir santuários, capelas e sinagogas, como faziam as demais religiões de seu tempo. Ironicamente, muitos cristãos modernos crêem que se uma igreja não possui um bom edifício, seu depoimento ao mundo será de algum modo inibido e seu crescimento ficará entorpecido. Mas nada poderia estar mais longe da verdade. Comentando o fato da igreja primitiva não começar a construir edifícios até o terceiro século, Howard Snyder observa:
...Pode ser que os edifícios sejam bons para qualquer outra coisa, mas não são essenciais nem para o crescimento numérico nem para alcançar profundidade espiritual. A igreja primitiva possuía estas duas qualidades, e até tempos recentes o período de maior vitalidade e crescimento da igreja foi durante os primeiros dois séculos depois de Cristo. Em outras palavras, a igreja cresceu mais rápido que nunca quando não teve a ajuda —ou impedimento— dos edifícios eclesiásticos (The Problem of Wineskins /O problema dos odres/, usado com licença do autor).
(5) O lar atesta que o povo constitui a casa de Deus
Com freqüência se associa a noção contemporânea de ‘igreja’ com um edifício (comumente chamado "santuário"). No entanto, segundo a Bíblia, é nos crentes que a vida de Deus faz morada, aquilo que se chama "a casa de Deus", não é tijolo nem cimento. Enquanto no judaísmo o templo foi o lugar de reunião consagrado, no cristianismo é a comunidade de crentes que constitui o templo.
A localização espacial da reunião cristã primitiva ia diretamente contra os costumes religiosos do primeiro século. Os judeus tinham designado edifícios para sua adoração corporativa (sinagogas), assim como os pagãos faziam (santuários). Assim, tanto o judaísmo como o paganismo ensinam que deve haver um lugar consagrado para a adoração divina. Mas não é assim com o cristianismo. No primeiro século, a igreja primitiva era o único grupo que se reunia exclusivamente em lares. Embora teria sido muito natural se eles seguissem sua herança judia e erigissem edifícios que fossem apropriados para suas necessidades, eles se abstiveram de fazer isso. Quiçá os crentes primitivos conheciam a confusão que os edifícios consagrados teriam de produzir, e portanto, abstinham-se de erigí-los para preservar a afirmação de que o povo constituía as pedras vivas que formam a habitação de Deus.
Conclusão
O que dissemos até aqui pode ser reduzido a esta simples mas profunda observação: a localização social da reunião eclesial expressa o caráter da igreja e, ao mesmo tempo, exerce influência sobre ela. Portanto, a localização espacial da igreja tem um significado teológico. No típico ‘santuário’ ou ‘capela’, o púlpito, os bancos (ou assentos) e o espaço condensado respiram um ar formal que inibe a interação e a afinidade. Por contraste, as características peculiares de um lar —a baixa quantidade de cadeiras para sentar-se, a atmosfera casual, o ambiente de convivência para alimentos compartilhados, o espaço personalizado de sofás macios, etc.— contêm um subtexto relacional que beneficia o ministério mútuo.
Expresso em forma simples, a igreja primitiva se reunia nas casas de seus membros por razões espiritualmente viáveis. E a moderna igreja basílica agride essas razões. Com respeito a estas características da reunião eclesial caseira, Howard Snyder observa sagazmente:
Provavelmente as igrejas caseiras foram a forma mais comum de organização social cristã de toda a história da igreja... Independente do que pudéssemos pensar, se simplesmente olharmos ao redor de nós aqui, veremos centenas de milhares de igrejas caseiras cristãs existentes hoje na América do Norte, América do Sul, Europa, China, Austrália, Europa Oriental, e em muitos outros lugares ao redor do mundo. Em certo sentido, são uma igreja subterrânea, e como tal, representam uma corrente oculta da história da igreja. Mas mesmo sendo oculta, e na maior parte dos lugares não sendo a forma culturalmente dominante, provavelmente estas igrejas caseiras representem o maior número de cristãos em todo mundo ... O Novo Testamento nos ensina que a igreja é uma comunidade em que todos têm dons e todos têm um ministério. Como o ensinam as Escrituras, a igreja é uma nova realidade social que modela e encarna o respeito e a solicitação pela pessoa que vemos no próprio Jesus. Este é nosso elevado apelo. E no entanto, com freqüência, a igreja, de fato, trai este apelo. As igrejas caseiras constituem uma parte importante para escapar desta traição e deste paradoxo. Uma comunidade que está em contato direto uns com outros, engendra mútuo respeito, responsabilidade mútua, submissão mútua e ministério mútuo. A sociologia da igreja caseira fomenta um sentido de igualdade e de mútua dignidade, ainda que a mesma não a garanta, como mostra a igreja de Corinto... No modelo da igreja caseira, a igualdade e o ministério mútuo não são resultado de algum programa nem de um processo educacional; são inerentes à própria forma da igreja. Porque na igreja caseira todos são apreciados e conhecidos —todos têm um lugar por definição. A igreja caseira proporciona um ambiente de solicitação e estímulo mútuos que tende a fomentar uma ampla gama de dons e ministérios. Os princípios neotestamentários do sacerdócio dos crentes, dos dons do Espírito e do ministério mútuo se acham mais naturalmente neste contexto informal... As igrejas caseiras são revolucionárias porque encarnam este ensino radical de que todos têm dons e todos são ministros. Oferecem alguma esperança de sanar o Corpo do Ungido de algumas de suas piores heresias: de que alguns crentes são mais valiosos do que outros, de que apenas alguns cristãos são ministros e de que os dons do Espírito já não funcionam em nossa era. Estas heresias não podem ser sanadas apenas na teoria ou na teologia. Devem ser sanadas na prática, na relação e na forma social da igreja. (Tomado de uma dissertação titulada "Why House Churches Today? /Para que igrejas caseiras hoje?/", apresentada no Seminário Teológico Fuller em 24 de fevereiro de 1996. Usado com licença do autor.)
Enquanto o lugar de reunião normativo para a igreja neotestamentária era claramente o lar, isto não sugere que nunca é apropriado que uma igreja se reúna num local que não seja um lar. Em ocasiões especiais, quando era necessário que "toda a igreja" se reunisse, a igreja de Jerusalém se reunia em predios extensos como os átrios abertos do templo e o pórtico de Salomão (Atos 2:46a; 5:12). Mas semelhantes reuniões de grupos numerosos não rivalizavam com a localização normativa da reunião eclesial regular, que era a casa (Atos 2:46b). Nem também representam um precedente bíblico para que os cristãos erigissem seus próprios edifícios. (Os prédios do templo e o pórtico de Salomão eram lugares públicos, ao ar livre, que já existiam antes que aparecessem os primeiros cristãos).
Esses recintos para grupos grandes simplesmente acomodavam "toda a igreja" quando era necessário congregá-la para um propósito em particular Nos primeiros dias da existência da igreja, os apóstolos os usavam para ter reuniões de ensino especiais para o vasto número de crentes e inconversos em Jerusalém (Atos 3:11-26; 5:20, 21, 25,42). (Aqueles casos onde vemos apóstolos indo até à sinagoga, não devem ser confundidos com reuniões da igreja. Tratava-se de reuniões evangelísticas destinadas a pregar o evangelho aos judeus inconversos. Enquanto a reunião eclesial é principalmente para a edificação dos crentes, a reunião evangelística é principalmente para a salvação dos inconversos.
Talvez o Espírito Santo conduza, ou guie, de vez em quando, alguns para congregar-se num edifício. Mas o Espírito só fará isso se verdadeiramente convir aos propósitos do Senhor, se for dirigido mais pelo bem do que pelo zelo, energia e maquinário publicitário humanos, como tão freqüêntemente ocorre. Portanto, devemos guardar-nos contra a tendência carnal de praticar algo simplesmente porque pode representar a última moda do dia. Que o Senhor nos guarde de cair no perigo da antiga Israel quando a esmo "seguiram as práticas das nações"! Não obstante, não há algo que tenhamos de adotar da prática apostólica de reunir-se em casas? Não deveriam ser as reuniões da igreja nas casas mais regra do que exceção, devido aos benefícios vinculados a elas?
Ainda que apenas por isto, não deveríamos arrepender-nos de nossa crítica carnal e injustificado temor dessas igrejas que se reúnem exclusivamente em casas, às quais condenamos erradamente a uma posição subnormal? Que Deus nos livre de adotar insensatamente o atual complexo de edifício porque é o convencional que se tem de fazer.
Tendo examinado a evidência bíblica, a pergunta que fica na nossa mente com respeito à localização da reunião eclesial, não deve ser: "Por que alguns se reúnem em lares?", mas: "Por que muitos não se reúnem em lares?"
Referência Bibliografica:
Viola, Frank. Reconciderando o Odre. www.editorarestauracao.com.br
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Porque preferimos nossos lares e não um salão:
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